Número total de IMEIs bloqueados no ano passado, seja por roubo, furto ou extravio, foi de 9,3 milhões. |
Em 2017, 1,6 milhão de pessoas pediram o bloqueio no acesso de seus celulares às operadoras. Por trás do número divulgado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), as solicitações envolvem roubos, furtos e extravios.
Desde 2000, o CEMI (Cadastro de Estações Móveis Impedidas) funciona como um banco de dados das operadoras de telefonia móvel, que bloqueia o acesso de aparelhos roubados a partir de seu IMEI (código de identificação do celular). Somente em 2017, foram registrados 9,3 milhões de bloqueios no total.
Apesar de continuar funcionando com redes Wi-Fi, a partir que seu IMEI é bloqueado, o celular deixa de permitir ligações ou a comunicação através do pacote de dados móveis de operadoras em todo o Brasil, e também de mais 57 empresas em 19 países. Foi em 2016 que essa parceria com operadoras do exterior começou, com o intuito de desestimular o tráfico internacional de celulares roubados.
Conforme é possível ver no gráfico abaixo da Telebrasil, o número de bloqueios acompanha o crescimento de celulares no país. Desde dezembro de 2013, o aumento percentual nos bloqueios através do CEMI tem ficado em torno de 19% a 24%.
Apenas de 2010 para 2011 e 2011 para 2012 que o número de bloqueios aumentou consideravelmente: 46% e 78,9%, respectivamente. De 2016 para 2017, o aumento foi de 20,7%.
COMO PEDIR O BLOQUEIO DO CELULAR?
Caso tenha perdido o celular ou sido roubado, o cliente deve entrar em contato com a sua operadora e informar dados pessoais, como RG, CPF, endereço e IMEI, quando souber. Afinal, o número é como se fosse o chassi de um carro, que identifica o objeto de forma individualizada.
Dica: Aproveite hoje mesmo e digite no teclado do aparelho *#06#; anote o número que aparece na tela do seu celular, pois este é o seu IMEI!
Se preferir, ao invés de pedir o bloqueio no call center da operadora, o cliente também pode fazer a solicitação diretamente com autoridades policiais. E caso queira descobrir se um aparelho está registrado no CEMI, as operadoras disponibilizam o site www.consultaaparelhoimpedido.com.br para consulta.
FALHA NA FABRICAÇÃO DO CELULAR
A Telebrasil aproveita a divulgação dos dados para defender medidas de segurança que possam combater o mercado irregular de aparelhos celulares desde o processo de fabricação.
“O setor defende que sejam adotadas medidas como o reforço da segurança dos aparelhos, no processo de fabricação, para evitar que sejam adulterados ou tenham o seu código de identificação (IMEI) modificado ou clonado”, afirma em comunicado, esclarecendo que essa é uma falha que só pode ser corrigida na origem, com mecanismos de segurança que impeçam a adulteração.
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