Mesmo com a proibição do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região de comercializar ou habilitar novas linhas e de realizar portabilidade, comprar um chip da TIM ainda é tarefa fácil. Basta dirigir-se a uma loja da empresa, ou até aos camelôs espalhados pelo Centro de Fortaleza, que o produto é encontrado aos montes, e deve continuar sendo vendido pelo menos até o início de janeiro, na opinião da advogada e coordenadora do Procon Assembleia, Telma Valéria Pimentel Moreira. Isso porque a operadora de telefonia móvel ainda não foi notificada da decisão do desembargador Francisco Cavalcanti, e, com isso, pode continuar suas atividades normalmente; e como o TRF entrou em recesso, essa intimação só deve chegar à empresa na primeira semana do novo ano.
“A TIM vai ter que ser intimada, mas acredito que ainda não tenha recebido a intimação. Isso deve ficar para janeiro, porque o Tribunal está de recesso”, explicou a coordenadora do órgão de defesa do consumidor.
Na loja da TIM localizada na Avenida Barão de Studart, não havia sinal algum da proibição, e a movimentação estava em sintonia com o espírito de compras deste período do ano. Todos os consultores estavam ocupados, e existia até fila para obter uma senha de atendimento. As vendas de Natal estão tão aquecidas, no local, que os chips para aparelhos pré-pagos esgotaram-se. “Talvez tenha no Carrefour”, arrisca uma vendedora, sugerindo outro ponto de venda.
Venda na calçada
No Centro de Fortaleza, também não há impedimento para quem quer uma linha da TIM. Os chips são vendidos inclusive por vendedores ambulantes, nas calçadas do bairro, e o discurso é unânime: “a venda está normal. Ninguém está sabendo dessa nova proibição”.
“Da primeira vez, eu tirei o chip e tudo do mostruário, mas agora não estou sabendo de nada”, afirmou um vendedor. “Tá todo mundo vendendo normal, por R$ 10”, disse o ambulante Jubileudo Lima.
A assessoria de comunicação da operadora informou que o posicionamento continua o mesmo, já divulgado na edição de ontem. A empresa disse, em nota, que, a partir da confirmação da decisão, observará a determinação judicial.
