Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o país encerrou o mês de novembro com mais de 236 milhões de celulares ativos – um crescimento de 20% comparado ao ano passado. Por outro lado, poucas dessas linhas têm o serviço de internet 3G habilitado: somente 15% usam a tecnologia em seus aparelhos.
O mais curioso destas estatísticas divulgadas pela Anatel é o crescimento inacreditável no número de linhas ativadas: a “teledensidade” do país, como é chamada no relatório, é de 120.91%. Isso significa que o número de aparelhos é superior ao número de habitantes do Brasil (cerca de 195 milhões de pessoas). E esse percentual subiu cerca de 2% apenas nos últimos três meses.
No entanto, essa realidade não é a mesma em todo o país. Há cidades, como Brasília, em que a densidade chega a 200%, e locais como o Maranhão onde o número para em 78%. Salvador é o líder no índice, com 1.86 linhas de celular por habitante. Porém, é a região do sudeste a que têm maior parte do mercado brasileiro: 45.2%. O Nordeste tem 24.3%; a região Sul representa 14.5% do mercado; o Centro-Oeste brasileiro tem 8.7%; e o Norte, apenas 7.3%.
Entre tantos planos, o que ainda predomina o mercado é o pré-pago. Com isso, presume-se que no Brasil as pessoas são boas compradoras de aparelhos, mas os clientes não gastam muito com as operadoras. Prova disso é que 81% dos planos contratados por usuários são pré-pagos.
Na briga das operadoras por este mercado tão ávido por aparelhos, tudo indica que haverá um crescer ainda maior com a chegada em massa dos smartphones ao Brasil (o iPhone, por exemplo, já começou a ser fabricado aqui). No ranking de operadoras, quem leva a melhor é a Vivo, com 29.6% do público. A disputa, no entanto, é equilibrada: a TIM vem logo atrás, com 26%, a Claro com 25.1%, e a Oi com 18.9%.