O principal motivo de haver o desejo de tirar de circulação os aparelhos chineses é que os modelos disponibilizam para o usuário poder contar com chips de várias operadoras |
O governo brasileiro anunciou que pretende tirar de circulação os telefones fabricados na China, os famosos Ching Lings, vendidos em comércios populares e têm como público-alvo os consumidores de renda mais baixa. O principal motivo de haver o desejo de tirar de circulação os aparelhos chineses é que os modelos disponibilizam para o usuário poder contar com chips de várias operadoras.
O vendedor de uma loja das lojas localizada no Shopping Popular no centro de Barra Mansa, Lopes Tavares, explica que muitos consumidores têm seu primeiro contato com um celular do tipo ou mesmo o acesso a Internet através desses aparelhos. “A procura é grande porque a assistência com as lojas demora muito e aqui nós trocamos os aparelhos na hora e também existe a procura por aparelhos com mais chips para poder ter acesso a promoções de todas as operadoras” informa ele também. A faixa de preço de aparelhos que se encontra é de R$ 80 até R$ 350.
O grande alvo dessa decisão é a utilização de até quatro chips de diferentes operadoras em um mesmo aparelho. Com a decisão, as operadoras teriam controle total sobre aquele usuário, naquele aparelho. A única saída seria a compra de outro aparelho, com outro chip, fazendo com que fabricantes e operadores ganhassem mais com isso.
Patrícia Ferreira, gerente de uma loja da Claro no Centro da cidade, diz que as metas das lojas estão sendo alcançadas mas não deixa de atrapalhar a venda desses aparelhos. “Sou totalmente a favor de acabar com a venda, além de prejudicar os planos das operadoras por haver aparelhos com até quatro chips atrapalha porque muitos por ocasionar em queima dos chips” explica a gerente.
Aline Alves, vendedora da Vivo, tem um ponto de vista diferente, de acordo ela, as pessoas estão voltando para os produtos autorizados, porque estão preferindo pagar um pouco mais, porém com mais qualidade e garantia.
O Ministério Público Federal é quem lidera a ação contra os ching lings, e conta com o apoio das operadoras e fabricantes nacionais. A pirataria, a ausência de certificado da Anatel e perdas de R$ 1 bilhão da indústria nacional são os principais argumentos do governo para a proibição. No entendimento do governo brasileiro, os telefones chineses são produtos que não se enquadram nas especificações técnicas mínimas requeridas pela Anatel, e completa dizendo que eles representam uma concorrência desleal aos produtos que estão regulares.