O presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, afirmou nesta sexta-feira (23) que os telefones públicos do estado de São Paulo deixarão de ter cor única a partir do dia 15 de abril, data oficial da mudança da marca de todos os serviços de telefonia fixa, Internet e TV por assinatura no Brasil da empresa para “Vivo”.
No lugar do verde-limão dos orelhões, que tomou conta das ruas do estado desde 1998, quando a Telefônica adquiriu a Telesp, quatro cores passarão a tingir as cúpulas dos telefones públicos: roxo, verde, azul e laranja — as cores já utilizadas pela Vivo em sua comunicação.
“Vamos ter algumas cores e a marca em branco”, revelou Valente, após evento da Câmara Espanhola de Comércio, entidade que preside.
Sobre a menor utilização da telefonia pública, Valente destacou que a Anatel tem utilizado a redução da quantidade obrigatória de orelhões como uma alavanca para outras obrigações.Ele explicou, no entanto, que o novo colorido no mobiliário urbano não acontecerá da noite para o dia, e que a remodelagem deverá ser feita ao longo dos próximos meses, podendo se estender até 2013. “Nós temos 200 mil orelhões no estado de SP. “Essas mudanças vão ocorrer gradativamente, principalmente nos locais de maior circulação”, disse.
“Cada vez mais a mobilidade tira tráfego da telefonia pública em todos os países e a Anatel tem acompanhado esse movimento e reduzido a quantidade gradativamente, mas essa é uma definição da Anatel e eles tem usado essa redução como alavanca para financiamentos de outras obrigações”, disse.
As lojas da Telefônica bem como as contas também começarão a ser impressas com a nova marca única a partir do próximo mês.
Marca única para diferentes serviços
A partir do dia 15 de abril, Vivo passará a ser a marca única de todos os serviços oferecidos pela companhia, tanto na telefonia fixa, como na móvel, banda larga e TV por assinatura. O Speedy, por exemplo, ganhará o nome de “Vivo Speedy” e a Telefônica TV Digital passará a ser “Vivo TV”.
“Temos trabalhado ao longo do tempo para que essa mudança não seja simplesmente uma mudança de logo”, disse o presidente da companhia.
Corte de funcionários
Sobre o programa de reestruturação negociado com o sindicato de telefônicos de São Paulo e Rio de Janeiro, o presidente da Telefônica, disse que ainda não foi fechado nenhum número oficial de corte.
“Não fechamos nenhum número ainda, estamos com o processo em andamento”, disse Valente. “O acordo que temos com o sindicato é fazer isso em algumas semanas”, acrescentou.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel), na reestruturação, será necessária a redução de aproximadamente 1.500 postos de trabalho em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A Telefônica afirma que o programa de desligamento voluntário visam adequar a estrutura da companhia à nova realidade gerada pela aquisição da Vivo, em 2010, e sustenta que a empresa seguirá entre os maiores empregadores privados brasileiros.
“Há dois dias, estivemos em Madureira, no Rio, fazendo a inauguração de um novo centro da Atento, gerando cerca de 5 mil novos empregos”, destacou Valente. “Esse processo [reestruturação] é fruto de algumas solicitações de desligamento voluntário, em condições incentivadas, e faz parte da vida da empresa numa situação como essa”, afirmou. “O que podemos garantor é que seremos, sem dúvida nenhuma, empregador líquido positivo no ano de 2012”, complementou.