A Oi evita dar qualquer referência aos concorrentes em relação à sua estratégia para o leilão de 4G. Diz apenas que para os R$ 6 bilhões anuais projetados de investimentos para os próximos quatro anos estão previstos gastos com a rede de quarta geração e eventuais pagamentos por espectro, desde que dentro daquilo que a Oi considera valores razoáveis. “Mas para falarmos qualquer coisa a mais precisamos ter ideia dos valores mínimos para a faixa de 2,5 GHz e dos preços de referência que serão colocados para o uso da rede de 450 MHz”, diz Francisco Valim, presidente da operadora.
Valim diz, contudo, que a Oi pretende ser agressiva em 3G, atingindo já este ano a mesma cobertura populacional da Vivo, hoje dona da maior rede 3G do país, presente em cerca de 2,7 mil municípios. Ele não dá ideia, contudo, de qual será a cobertura de 4G. “Não pretendemos falar em 3G ou 4G, falamos em banda larga móvel. Pretendemos expandir significativamente a rede 3G, e vamos identificar o 4G onde houver oportunidade, dependendo das situações de mercado”, explica. Para ele, a quarta geração ainda apresenta alguns desafios importantes, sobretudo em relação aos custos de terminais. “O que eu posso dizer é que 3G é sim muito prioritário para a Oi.”
Na apresentação aos investidores, contudo, a Oi incluiu uma breve referência a uma estratégia ao LTE, o que pode ser o indicativo de uma expansão que venha de forma combinada com a banda larga fixa. Também está no roadmap da operadora uma forte aposta no Wi-Fi, que tem papel cada vez mais relevante na estratégia de banda larga móvel da Oi. A operadora quer chegar a 1 milhão de hotspots em dois anos. A Oi aposta ainda no crescimento de sua presença no segmento móvel corporativo, com a oferta de serviços M2M (máquina-máquina) e alguns serviços se segurança móvel. A operadora comemora também o fato de ter conseguido, em março, ser a empresa que mais cresceu em clientes pós-pagos, segundo dados da Anatel, e diz que manterá a estratégia de se fortalecer nesse segmento, com incentivos à compra de aparelhos de alta gama e ampliação das lojas próprias.