Quando se fala em redes óticas de acesso ao usuário (FTTx) operadoras como Vivo, GVT e Oi, que investem milhões de reais nessa tecnologia anualmente, acabam dominando a cena. Mas há um movimento silencioso de fibras ocorrendo longe das grandes capitais e que vem ganhando cada vez mais destaque: são os pequenos e médios provedores de serviço de comunicação multimídia (SCM) que, cansadas de depender de tecnologias de acesso limitadas, começam a construir suas próprias redes óticas.
Segundo especialistas, há cerca de 100 desses operadores SCM com FTTx no Brasil atualmente. Número confirmado pela Associação Brasileira de Internet (Abranet), pela integradora WDC Networks e pela fabricante de soluções óticas, Furukawa. “É um fenômeno que ganhou escala recentemente, pois 70% deles começaram a instalar suas redes óticas em 2011”, diz gerente comercial da Furukawa, Celso Motizuki.
Outros pontos importantes para o crescimento desse movimento são as mudanças regulatórias, favoráveis à oferta de serviços triple play, e a grande demanda do mercado por esses serviços.
A escalabilidade, ou seja, a flexibilidade de crescimento do número de acessos ao longo do tempo é outro fator que vem atraindo essas operadoras. “Com R$ 60 mil é possível fazer a instalação dos primeiros 30 a 40 assinantes e ativá-los, incluindo aí os equipamentos de ponta e a central”. O retorno de investimento (ROI), segundo Motizuki, varia de 14 a 18 meses, dependendo do modelo de negócios adotado pelo provedor local.