A terceirização implementada pela Oi é sinônimo de precarização nas relações do trabalho, penalização do trabalhador e sinal de arrocho salarial.
O Sindicato dos Trabalhadoresem Telecomunicações -SINTTEL recebeu denúncias de maus tratos e as levou à Superintendência do Trabalho e Emprego. Os auditores fiscais da SRTE/RO estiveram no local e autuaram a empresa, que mantinha trabalhadores ao longo da BR364, próximos a hidrelétrica de Girau e a Cidade de Nova Mutum, em condições sub-humanas. O local conhecido como PAU-A-PIQUE, não oferecia as mínimas condições previstas na NR18.
Trabalhadores da Oi/Telemont são tratados como cidadãos de segunda classe. Tem de trabalhar debaixo de sol sem proteção adequada, água potável, protetor solar e sem banheiro químico para suas necessidades. O caminhão para se deslocarem dispõe de uma cabina anexa com duas pequenas janelas para ventilação, onde 4 homens tem de viajar aproximadamente 2 horas debaixo de um calor insuportável.
A Água para beber vinha de um poço onde em cima era acomodado um galão de combustível. Esta água abastecia o banheiro de onde os trabalhadores enchiam os garrafões na pia instalada do lado de fora. Além de não ter copos descartáveis, a água era ingerida quente, o que causava problemas estomacais.
A empresa mesmo tendo sido notificada pelos Auditores do Trabalho dia 22/05, só tomou providências para atender minimamente as condições de trabalho (NR18.4.1. Os canteiros de obras devem dispor de: a) instalações sanitárias; b) vestiário; c) alojamento; d) local de refeições; e) cozinha, quando houver preparo de refeições; f) lavanderia; NR18.4.1.2. As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza)dia 25/05, após divulgação da notícia nos principais meios de comunicação.
Os trabalhadores da Oi/TELEMONT Permanecem Mobilizados por melhores salários e condições de Trabalho
Mesmo com a entrega da Pauta de reivindicações dentro do prazo legal a empresa agendou reunião apenas para este dia 28 de maio, no Acre. O SINTTEL-RO oficializou a empresa a impossibilidade de deslocar-se até o estado vizinho, e desta feita espera que até o dia 31 de maio as partes se reúnam para tratar do ACT2012_2013. Em caso de recusa por parte da empresa os trabalhadores retornarão o movimento de greve já aprovado em assembléia e comunicado a empresa dentro do prazo legal.