22/12/2024

Novo CEO da TIM Brasil deve ficar apenas por três meses

A conferência com os analistas de Franco Bernabé, CEO da Telecom Italia, na semana passada, fortaleceu a convicção no mercado de que Andrea Mangoni, indicado para o lugar de Luca Luciani, ficará no cargo somente o tempo necessário para a holding escolher um novo presidente para a TIM Brasil. Ou seja, em no máximo três meses, um novo executivo irá tocar as operações brasileiras.

Na conversa com os analistas Bernabé havia explicado que a saída de Luciani do comando da operadora brasileira foi decidida para “blindar” a TIM Brasil – o executivo responde a um processo de fraude de chip na Itália. Além disso, o principal executivo do grupo italiano havia reforçado o argumento de que Mangoni está respondendo interinamente pela empresa. Mangoni é o CFO – o diretor financeiro – da Telecom Italia e já participa do conselho de administração da operadora brasileira, uma solução caseira para uma situação de emergência.

Fontes do mercado dizem que o governo brasileiro chegou a sinalizar para a operadora italiana que preferia ter um brasileiro à frente da segunda maior empresa brasileira de celular. Oficialmente o governo diz apenas que não interefere em negócios privados.

A TIM Brasil, antes do ingresso de Luciani, foi dirigida durante muitos anos por Mario Cesar Pereira Araujo, execeutivo de telecom que se formou no grupo nacional Splice, dirigindo as operadoras de celular do Distrito Federal e estados do Centro-Oeste.

Hoje, conta com Manoel Horácio, ex-presidente da Oi, como presidente de seu Conselho de Administração. Mas Horácio, que adora o setor de telecom, neste caso, representa um acionista minoritário, o banco Fator.
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