Andrea Mangoni participa, desde 2010, do comitê de governança corporativa da TIM Participações S.A.
O novo presidente da TIM, Andrea Mangoni, não é apenas o diretor financeiro da Telecom Italia naquele país. Foi guindado ao cargo máximo da TIM Brasil porque conhece a operadora brasileira desde 2010, quando assumiu o cargo de diretor no Comitê de Governança Corporativa e Controle Interno da TIM Participações S.A.
Fontes do mercado informam que ele teve um papel importante para resolver a difícil situação enfrentada pela operadora italiana na Argentina, quando o governo de Cristina Kirchner pressionou para que a italiana vendesse sua participação na operadora Telecom Argentina para um grupo de investidores argentinos.
A agência antitruste argentina argumentava que a Telecom Italia teria que vender sua participação porque a Telefônica ingressara em seu capital na Itália, o que iria gerar monopólio na argentina, já que a outra empresa que atua naquele país é controlada pela espanhola.
Segundo as fontes, as negociações conduzidas por Magoni é que permitiram que esta ameaça fosse revertida depois de um ano de duras acusações de parte a parte entre os sócios. A Telecom Italia acabou fazendo acordo com o grupo argentino Werthein Group e aumentou sua participação na holding Sofora, que controla a Telecom Argentina, de 50% para 58%, com os argentinos diminuindo a sua participação para 42%.
A Sofora possui 100% da controlada Nortel Inversora, que possui 54,74% da operadora argentina. A Nortel é dividida entre Telecom Italia, com 58%, Werthein Group, com 42%, e France Télécom com 2%. Os minoritários possuem 41,5% das ações e os empregados outros 4,21%.
Segundo informações publicadas hoje pelo jornal O Globo, a TIM Brasil estaria sofrendo uma auditoria externa, informação que é confirmada pela assessoria de imprensa ao jornal, que afirma que “neste momento há equipe de auditores externos trabalhando como parte das rotinas de controle interno da empresa”.
Ainda segundo o jornal, alguns acionistas minoritários da TIM pensam em entrar na justiça, caso se constate que tenha havido, também no Brasil, manipulação com a base de clientes da operadora, a exemplo do que apontam as investigações de fraude durante o período que Luca Luciani foi diretor de marketing da TIM na Italia, que estão sendo realizadas pela procuradoria de Milão. Luciani deixou a presidência da TIM Brasil na semana passada e também renunciou às demais posições que ocupava no grupo.