O mercado de telecomunicações no país está saturado e não há mais espaço para crescer. A única alternativa é baixar o custo dos serviços por meio da redução de tributos, dizem executivos do setor presentes à Rio Investors Day.
Para Carlos Raimar, diretor de Relações com Investidores da Vivo, a carga de impostos chega a 40% no Brasil e impede uma expansão do setor, que representa 3,9% do PIB, percentual que tende se manter estável nos próximos anos. “Chegamos a um teto. Não há mais para onde crescer”, disse.
Rogério Tostes, que ocupa o mesmo cargo na TIM, diz que essa limitação ocorre principalmente em voz e que o brasileiro “fala pouco” em razão do custo do serviço.
Já o Alex Zornig, diretor financeiro da Oi, disse que a redução de impostos é “o que fará o mercado voltar a crescer”. Os três se mostram satisfeitos com o recente movimento do governo que estuda alternativas para reduzir tributos sobre a conta de telefone.
Outro problema enfrentado pelo setor, dizem, é restrição de mão de obra principalmente de engenheiros e em nível técnico, segundo os executivos.
Raimar, da Vivo, afirmou que a crise na Europa tem se revelado uma oportunidade para recrutar mão de obra qualificada, em especial engenheiro. “Estamos aproveitando mão de obra disponível na Ibéria. A empresa se beneficia, diz, por ter um controlador espanhol: a Telefonica. A TIM tem como sua dona a Telecom Itália. Já a Portugal Telecom integra o bloco de controle da Oi.