Devem começar a operar ainda esse ano no Brasil as primeiras MNVO’s, sigla que corresponde em inglês a Mobile Virtual Network Operator, ou podemos ainda chamar apenas de operadoras móveis virtuais.
As MVNO’s foram regulamentadas no Brasil no final de 2009, e pelo menos 3 empresas devem entrar no mercado ainda esse ano, são elas: Sercomtel, Porto Seguro e Virgin Mobile.
No mundo existem cerca de 630 operadoras virtuais. Elas se diferenciam das operadoras tradicionais pelo fato de não possuírem rede própria, nem frequências, utilizando dessa forma a rede das operadoras tradicionais.
Na prática, um MVNO trata-se de uma empresa de qualquer setor que aluga a rede de uma operadora tradicional para oferecer serviços de telefonia móvel. Sendo assim, uma MVNO para existir depende dessa associação a uma operadora detentora de rede e frequência.
Geralmente as operadoras virtuais atuam em nichos de mercado pouco explorados ou mal servidos, onde as operadoras tradicionais não tenham uma atuação relevante, atingindo assim consumidores atraídos pela força de uma marca ou pelo foco dado a este determinado mercado.
Atualmente a telefonia móvel no Brasil é dominada por 4 gigantes: Vivo, Tim, Claro e Oi, que possuem estratégia e serviços parecidos, e disputam mercado sobretudo por preço, apesar do Brasil ainda possuir uma das tarifas de celular mais caras do mundo. Em contrapartida a competição por preço, por parte dos clientes é quase unânime as reclamações pelo atendimento e serviços prestados por elas.
A previsão é que até o final desse ano tenhamos mais três operadoras atuando no mercado, mas o que o consumidor ganha com isso?
Quanto maior a concorrência, melhor para o consumidor e isso não é novidade. Como essas operadoras, em sua maioria, atuam no atendimento a nichos específicos do mercado, acabam oferecendo serviços diferenciados em comparação as operadoras tradicionais.
Essas operadoras também tendem a focar no atendimento ao cliente, diferente do que se tem registrado no Brasil nos últimos anos, em que as pequenas tarifas geralmente veem acompanhadas por grandes problemas para o consumidor.
A expectativa é que com o ingresso dessas três operadoras ainda esse ano, todas as operadoras possam não só focar nas tarifas, como ocorre hoje, mas também nos quesitos qualidade de atendimento e serviços prestados, que há anos fazem com que as empresas de telefonia figurem entre as campeãs em reclamações pelos consumidores.