A América Latina investirá US$ 13 bilhões em 4G nos próximos cinco anos, segundo dados do estudo divulgado pela Maravedis. A expectativa da consultoria é que a região contabilize 51 milhões de assinantes no período, mas o levantamento destaca que há desafios para serem superados. O principal deles é a necessidade das operadoras de rentabilizerem os investimentos feitos nas redes 2G e 3G. O levantamento apura que a Claro, da América Móvil, e Vivo, da Telefónica, devem liderar a oferta de serviços na região.
“Com apenas cinco operações comerciais em LTE neste momento, podemos dizer que a adoção do 4G será dominada pela tecnologia, mas acontecerá num ritmo lento na América Latina”, destaca Cintia Garza, autora do levantamento. Segundo ela, as teles tendem a adotar uma postura mais conservadora – principalmente em função dos investimentos feitos nas redes 2G e 3G, que ainda precisam ser rentabilizados.
“A região tem problemas como o domínio do pré-pago e o baixo ARPU (rentabilidade por usuário) dos serviços móveis e isso faz com que as operadoras fiquem bastante conservadoras. Foram feitos investimentos no 2G e no 3G que ainda precisam dar resultados”, observa a analista da Maravedis.
Ainda de acordo com a pesquisa, 82% dos dispositivos móveis deverão ser dual mode, suportando LTE e 2G/3G. “Se não for assim, haverá problemas para massificar o serviço, uma vez que só 20% dos consumidores são usuários do sistema pós-pago”, acrescenta Cintia Garza.