Apesar de ser considerado um serviço indispensável na vida do cidadão contemporâneo, o uso do celular nas comunidades rurais ainda está longe de ser uma realidade. Os desafios foram apresentados por representantes das principais operadoras de telefonia do Brasil, que participaram de audiência pública sobre o tema em Itabira na última terça-feira, 5 de junho. A viabilidade técnico-econômica é o principal obstáculo.
Executivos da Oi, Tim e Claro, presentes à audiência, foram questionados por moradores do bairro Boa Esperança, localidade que não tem cobertura de telefonia móvel de nenhuma operadora. Os usuários perguntaram se havia algum projeto de extensão do serviço até a comunidade.
Os diretores das empresas disseram que há reivindicações do tipo em praticamente todas as comunidades do Brasil. Entretanto, o custo para se instalar uma torre de propagação de sinal em uma região como o Boa Esperança, gira em torno de R$ 500 mil e o retorno nem sempre compensa.
“Avaliamos a quantidade de pessoas, o perfil e a probabilidade de retorno”, disse o diretor da Oi, Marcos Borges. Ricardo Mascarenhas, consultor da Tim, concordou com o colega e disse que há programas do governo estadual que visa desonerar os custos, mas aí depende da burocracia do setor público. Nem a participação da prefeitura foi descartada, mas nenhuma informação concreta representou uma luz no fim do túnel para a população dos distritos e comunidades.