A Ericsson, fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações, está preparada para atender à futura demanda relacionada à banda larga móvel de quarta geração (4G) no Brasil e espera fechar contratos com todas as operadoras no curto prazo.
A fábrica local da empresa, na região de São José dos Campos (SP), já produz estações rádio-base para 3G e 4G voltadas atualmente para exportação para América Latina e Caribe.
“Temos uma capacidade grande, com base instalada (no Brasil) de 40 mil estações de rádio-base por ano, isso é cerca de metade do que há no país atualmente”, disse o vice-presidente de marketing e estratégia da companhia para América Latina e Caribe, Lourenço Coelho.
A empresa, que tem 60% do mercado mundial para equipamentos de tecnologia LTE, anunciou em meados de 2011 uma ampliação na capacidade de produção da fábrica. No ano passado, segundo o executivo, a Ericsson produziu 37 mil estações na instalação, ante quatro mil em 2008.
Coelho indicou que, mesmo com o aumento da demanda pelo 4G no Brasil e na região, a unidade poderá atender bem à procura de produtos, também porque as operadoras vão buscar integração com antenas existentes com 3G.
“Se o mercado brasileiro demandar mais rádio-base, existe capacidade muito grande dentro da Ericsson para atender à demanda”, afirmou. “O importante para o 4G é ter base no 3G, existe muita sinergia.”
Representantes do setor de telefonia móvel estimam que será necessário de três a quatro vezes mais antenas, que utilizam equipamento de rádio-base, para o 4G do que há atualmente.
A Ericsson já conversa com potenciais clientes e, em vista do apertado cronograma para implementação do 4G estipulado pelo governo brasileiro, espera fechar contratos para fornecimento de equipamentos neste ano com todas as principais operadoras.
“Saiu a licitação agora das vendas das frequências, todas as operadoras grandes compraram e devem fechar contrato agora nos próximos meses”, disse Coelho.
No começo de junho, o leilão das faixas de frequência voltadas para o 4G arrecadou 2,93 bilhões de reais, com Vivo, Claro, Oi e TIM conquistando os principais lotes nacionais.
O cronograma para implementação do 4G no país representa um esforço do governo de introduzir a nova geração de banda larga móvel a tempo para a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo de 2014.
Especialmente por conta dos níveis exigidos de produtos fabricados localmente, o 4G tem atraído outros fabricantes de equipamentos, como a Nokia Siemens Networks , que deve anunciar parceiro em breve para produtos no país.