Satisfeito com a compra de uma das principais ofertas do leilão 4G – a banda X, com 20+20 Mhz – o presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente, sustentou, após a disputa, que ainda existem dificuldades para o cumprimento das metas de cobertura por conta das restrições relacionadas a implantação de novas torres em diversas cidades do país.
“A preocupação central é a instalação de antenas, um problema que não é exclusivo de uma cidade ou de uma operadora. Com a faixa de 2,5 GHz, talvez seja necessário dobrar o número de antenas, o que no caso da Vivo pode implicar em novas 13 mil torres”, afirmou.
O setor aguarda que se materialize uma proposta do governo, de uma legislação federal sobre a instalação de infraestrutura, como forma de superar leis municipais restritivas. Valente reconhece que o tempo do mercado e o tempo político são distintos e, por isso, garante que algum serviço será entregue no prazo previsto – a partir de meados do ano que vem, as cidades sede da Copa das Confederações devem contar com serviços 4G.
“Claro que parte das antenas já existentes podem receber novos equipamentos, portanto não se fala em construir 100% da infraestrutura necessária. Mas ainda que não se fale de impossibilidade de prestar o serviço, há uma implicação na qualidade esperada”, completou.
Responsável pelo maior desembolso no leilão – R$ 1,05 bilhão pela banda X, que oferece 20+20 MHz – o executivo se disse satisfeito por ter a Telefônica levado exatamente aquilo que pretendia comprar. Segundo ele, a implantação da nova infraestrutura do 4G (assim como o valor das licenças) faz parte das projeções apresentadas ainda no ano passado, de investimentos de R$ 24,5 bilhões até 2014.