25/11/2024

Vivo e Huawei levam 4G para a Rio+20


Além da Oi, a Vivo também quer começar a brincar com suas frequências de 4G adquiridas


Parceria entre o Ministério das Comunicações, a Vivo e a Huawei testará o 4G durante a Conferência Rio+20, que acontece até o dia 22 de junho, no Rio de Janeiro. A operadora montou uma rede com cobertura do Riocentro, palco principal da conferência, com uma licença concedida pela Anatel em caráter experimental.

A Huawei fornecerá o core da rede e os equipamentos que farão o link entre o local da conferência e o os laboratórios da operadora na Barra da Tijuca. Além disso, a Huawei disponibilizará 400 modems LTE que serão distribuídos aos membros das delegações estrangeiras presentes na conferência.

“O pavilhão do Riocentro vai estar com cobertura 4G com velocidades que podem chegar a 150 Mbps, que é uma das maiores oferecidas no Brasil”, disse o presidente da Vivo, Antônio Carlos Valente, em coleitva de imprensa no Ministério das Comunicações.

A Vivo também fez um reforço na capacidade da sua rede HSPA+ (chamada pela empresa de 3G+) em 130 antenas e instalou mais 30 antenas novas em caráter temporário para atender a demanda gerada pela Rio+20. O ministo das Comunicações, Paulo Bernardo, afirma que aconteceram algumas reuniões com o prefeito Eduardo Paes para que ele autorizasse a instalação temporária dessas antenas. “Não sei como vai ficar na sequência”, disse ele.

A disparidade entre as legislações municipais sobre a instalação de antenas é assunto que será tratado por uma lei federal. O assunto está sendo discutido pelo Minicom pelo menos desde o começo do ano. De acordo com Bernardo, a expectativa é que a minuta do Projeto de Lei seja enviada à Casa Civil no mês de julho.

A rede fornecida pela Huawei, bem como os modems, operam na frequência de 2,5 GHz licitada esta semana pela Anatel. De acordo com o diretor de assuntos regulatórios da companhia, Eugênio Vasconcelos, os 400 modems para o teste são importados, mas a empresa já deu entrada no processo de obtenção do Processo Produtivo Básico (PPB) para produzir a parte de rede no País.

O PPB para os terminais, segundo ele, seria uma próxima etapa. Hoje todas as estações radiobase (ERBs) produzidas pelo Huawei no País são feitas pela Flextronics no modelo de Original Equipament Manufacturer (OEM). Vasconcelos, contudo, reconhece que os equipamentos em LTE ainda têm pouca escala no mundo. “Pela escala de produção, pode ser que eles sejam mais caros que o 3G no começo”.

Valente lembrou que além do Brasil, a Alemanha também licitou recentemente o 2,5 GHz para o LTE. “Brasil e Alemanha são países que tem importância grande para o 4G em 2,5 GHz”, afirma ele.
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