As ações ordinárias do Grupo Oi (OIBR3) mais uma vez lideraram os ganhos pelo Ibovespa na semana entre os dias 2 e 6 de julho. No período, os papéis acumularam valorização de 16,30%, fechando cotadas a R$ 10,99. Com esta valorização, os papéis registram alta de 3,84% desde o início do ano. Na semana, o principal benchmark brasileiro encerrou com ganhos de 1,91%, aos 55.394.
Com desempenho ainda melhor no ano, acumulando alta de 23,45%, os papéis preferenciais da companhia ocupam a segunda colocação no ranking de melhor desempenho semanal. Nos últimos cinco dias, as ações fecharam com alta de 15,64%, sendo negociadas a R$ 9,54.
O descolamento dos ganhos anuais das ações PN e ON ainda reflete o processo de após o processo de simplificação acionária anunciada no dia 9 de abril, quando as ações da Oi S/A, empresa resultante da simplificação acionária do grupo Oi, começaram a ser negociadas na BM&F Bovespa, antes, elas eram representadas pelas ações da Tele Norte Leste, Telemar Norte Leste e Brasil Telecom.
O desempenho positivo dos papéis nesta semana não tem um fundamento específico no curto prazo, na visão do estrategista da Futura Investimentos, Adriano Moreno. Para ele, a alta está mais relacionada com uma visão mais positiva em relação aos fundamentos da companhia e os dividend yields (dividendo pago por ação/cotação da ação) que se tornam atrativos diante do cenário econômico atual.
“Há uma mudança de percepção sobre os fundamentos da empresa e tem um dividend yield muito alto e dado o mercado atual ela termina se caracterizando importante”, afirma o analista. Ele explica ainda que a empresa dado a capitalização no ano passado, está começando a investir para recuperar market share.
A companhia informou ainda no mês de junho aos titulares das debêntures em circulação da quinta emissão de debêntures da companhia que irá realizar o no dia 26 de junho de 2012 o resgate antecipado da totalidade das Debentures em circulação. “A notícia é marginalmente positiva para as ações da companhia, mas o que vem impulsionando as altas nos últimos anos são os fundamentos positivos”, ressalta.