A TIM está trabalhando para ter metade das suas torres celulares conectadas com fibra óptica até o fim de 2014, informa o presidente da TIM Fiber, Rogerio Takayanagi. A meta é ter fibra em sites de 42 cidades naquele ano, que representam 50% do seu tráfego e 70% do PIB brasileiro. Atualmente, 70% das estações radiobase (ERBs) da empresa no Rio de Janeiro e em São Paulo já são “fibradas”, como diz o jargão do setor. Até o fim de 2012, a fibra óptica será levada para torres em outras dez cidades, dentre as quais estão Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Salvador. O investimento em infraestrutura está a cargo da Intelig, subsidária da TIM. A operadora possui cerca de 12,5 mil ERBs em todo o Brasil, de acordo com dados da Anatel referentes a abril.
A conexão via fibra óptica faz parte do plano de lançamento de serviços de quarta geração (4G) da TIM, que demandam maior capacidade de tráfego nas operadoras móveis. Para tanto, não basta trocar a antena da torre: é preciso investir na rede que interliga a ERB à sua central. Calcula-se que para uma torre 4G é necessária uma capacidade de pelo menos 300 Mbps, ou 100 Mbps para cada um dos três setores da ERB.
Torres instaladas em localidades distantes dos grandes centros, contudo, continuarão conectadas via microondas, pois neste caso o gasto em fibra não se pagaria.
A TIM também está investindo na ampliação do número de transmissores (TRX) em suas torres. Eram 157 mil em 2011 e serão 253 mil em 2014.
Enquanto isso, a companhia segue expandindo seu backbone nacional de fibra óptica. Uma rede interligando Manaus a Fortaleza, com extensões para Macapá e Santarém, deve ficar pronta dentro de alguns meses. “Essa rede atravessa o rio Amazonas por cima, com duas torres da altura da Torre Eiffel em cada lado da margem, a uma distância de 4 km uma da outra”, conta Takayanagi.