A GVT, operadora do grupo francês Vivendi, com sede em Curitiba, decidiu inverter a lógica dos benefícios: são os funcionários que definem as vantagens que vão obter. A empresa baseou a ideia em um sistema de pontos. Dependendo do cargo e do nível hierárquico, o funcionário recebe um determinado número de pontos a ser usado em benefícios – e pode adaptá-los às necessidades de seu estilo de vida.
“A pessoa pode escolher ter mais para comer em restaurantes ou para gastar no supermercado”, exemplifica Giovane Nichele da Costa, vice-presidente de recursos humanos da GVT. Há também a possibilidade de descartar benefícios que não façam sentido para a fase da vida do novo contratado. “A creche, por exemplo, pode ser muito importante para quem tem família, mas não é útil para uma pessoa mais jovem e solteira.”
Esse tipo de vantagem diferenciada, na visão do executivo, tem a função de construir a reputação da GVT em um mercado que disputa profissionais qualificados. “É uma arma para atrair talentos”, diz Costa. Para retê-los, diz o executivo, é preciso ir ainda mais longe e oferecer bônus de longo prazo. A GVT oferece prêmios em ações para determinados níveis hierárquicos. Mas só pode vender os papéis quem permanecer no mínimo três anos na companhia.