O identificador de chamadas, que permite a quem recebe uma ligação saber, previamente, que o procura, é alvo de uma disputa judicial há 20 anos. Seu inventor, o brasileiro Nélio Nicolai, conseguiu, agora, que a Justiça reconhecesse sua patente.
De acordo com O Estado de S.Paulo, a 2ª Vara Cível de Brasília determinou que a operadora de telefonia celular Vivo/Telefônica pague, em juízo, 25% do valor cobrado pelo serviço de identificação de chamadas, para cada usuário em cada aparelho.
Segundo o jornal, o Bina, como o invento é conhecido, rende um faturamento de 2,56 bilhões de reais por mês para as operadoras no Brasil, que cobram 10 reais de cada assinante pelo serviço.
Outra consequência da decisão envolveu a Claro/Americel. Por uma composição judicial, foi extinto o processo movido pela Lune, a empresa criada por Nicolai.
De acordo com o jornal, o Bina é o segundo invento brasileiro mundialmente adotado, após o avião, desenvolvido por Santos Dumont. Nicolai é autor, ainda, de outros quatro inventos amplamente adotados pelas operadoras em todo o mundo: o Salto, aquele sinal sonoro que avisa que há outra ligação, enquanto você está conversando com alguém; o Bina-Lo, que identifica chamadas perdidas; o telefone fixo celular e o sistema de mensagens financeiras para celulares.