Por determinação da Anatel, as operadoras de celular são obrigadas apenas a cobrir 80% do território de um município. Para medir a qualidade desse sinal e em quais lugares ele existe, a Anatel utiliza dois métodos: a predição e os drive testes. O primeiro é feito a partir de softwares, que levam em consideração onde estão as torres e calculam até onde o sinal chega. Os drive testes, por sua vez, são medidas de campo, realizadas com um carro em circulação.
Desde maio deste ano, as empresas têm de divulgar um mapa de suas coberturas para consulta dos clientes, seja na internet ou em suas Centrais de Atendimento. A forma de divulgação não é padronizada e não há nenhum material oficial que possibilite fazer a comparação.
Para se ter uma ideia, Claro e Vivo fornecem a informação a partir de um determinado CEP e mostram em mapa como é a cobertura no entorno desse local. Já a TIM dispõe no site de uma lista com os bairros onde o sinal é parcial ou completo. A Oi também é pouco específica: depois que se fornece o endereço, a empresa envia uma mensagem dizendo se há sinal.
Procuradas, todas as empresas disseram que seguem as determinações da Anatel. A Vivo, por meio de sua assessoria de imprensa, disse até mesmo que emprega uma série de recursos e instrumentos nos testes de campo, como carros em várias velocidades e usuários a pé. Já a Claro afirmou que limitações físicas e geográficas contribuem para a existência das áreas de sombra. “São locais dentro da área de cobertura onde obstáculos físicos (paredes, edifícios, viadutos, montanhas, vegetação densa, etc) bloqueiam a propagação das ondas de rádio, impedindo a comunicação entre as Estações Radiobase (ERBs) e os aparelhos celulares”, disse em nota.