Com o anúncio dos contratos de infraestrutura de 4G já feito por três grandes operadoras: Vivo, Claro e Oi, a Ericsson se destaca como líder entre os fornecedores. O presidente da Ericsson para a América Latina e Caribe, Sergio Quiroga, não revelou os valores contratados mas calcula que os projetos na quarta geração da telefonia elevarão a receita bruta do grupo no Brasil a R$ 3 bilhões em 2013. No ano passado, o faturamento foi de R$ 2,3 bilhões.
A Ericsson tem a meta de alcançar 60% do mercado de LTE (Long Term Evolution, tecnologia usada no 4G) no Brasil, patamar compatível com o que tem no mundo. A velocidade disso dependerá da evolução do mercado brasileiro, disse Quiroga. A fábrica de São José dos Campos foi ampliada e modernizada no ano passado, com investimentos de R$ 10 milhões. Nos últimos quatro anos a capacidade de produção saltou de 4 mil estações rádio-base por ano para 40 mil em 2011. São 7.600 funcionários no País. Por enquanto, Quiroga não vê a necessidade de uma nova expansão, mas disse que é um processo simples se preciso. “Estamos muito preparados para a guerra do 4G”, afirmou Quiroga, para quem “de 2010 a 2020 o nome do jogo é banda larga móvel no mundo”.
Nas décadas anteriores as apostas da Ericsson foram em serviços e, nos anos 90, telefonia celular. Hoje a empresa tem 50 bilhões de conexões de banda larga no mundo e 2 bilhões no Brasil. A banda larga móvel (o que inclui 3G e 4G) representa 30% dos negócios da Ericsson no País, fatia que tende a crescer a julgar por esse desempenho nas negociações. O Brasil está entre os cinco maiores mercados da Ericsson no mundo.