A possibilidade de fazer compras e recargas com o celular, que começou a ser desenvolvida no Brasil em 2010 através de uma joint-venture entre a operadora Oi, a Paggo e a especialista em pagamentos eletrônicos, Cielo, foi uma funcionalidade que ficou disponível em outubro do ano passado, após a criação do cartão de crédito da empresa de telefonia, fruto de uma parceria com o Banco do Brasil (BB) e que passou a ser vendido somente no seu site e pelo televendas, tendo hoje mais de 280 mil clientes. Querendo alavancar o serviço, a Oi decidiu apostar no Ceará e começou a vender seus cartões diretamente nas lojas, em uma espécie de projeto piloto que antecede a chegada do produto em cidades de outros estados brasileiros.
De acordo com o diretor de segmentos da Oi, Eduardo Aspesi, a operadora, que divide com a TIM a maior fatia do mercado cearense de telefonia móvel, espera fidelizar ainda mais o consumidor com o serviço. “A ideia inicial não é atrair mais clientes, mas conservar o que já possuímos. Decidimos começar as vendas no Ceará porque tanto os consumidores como os comerciantes daqui se mostraram abertos a novidades tecnológicas. Não à toa, em junho apenas dez mil cearenses usavam o cartão de crédito OI e hoje esse número já ultrapassa os 40 mil”, conta.
Segundo informações da Oi, atualmente já existem, no Ceará, mais de 26 mil lojistas aptos a realizarem transações envolvendo o celular. Com o plano de expansão da operadora, a ideia é ampliar esse contingente ao longo dos anos, na medida em que novos clientes forem surgindo. “No Brasil, possuímos hoje mais de 280 mil clientes do cartão de crédito e 1,6 milhão de máquinas da Cielo que aceitam o pagamento via celular. Nossa meta é ultrapassar o patamar de um milhão de clientes e continuar firmando parcerias para aumentar a área de cobertura do serviço”, afirma o CEO da Paggo Soluções, Massayuki Fujimoto.
Ainda segundo Fujimoto, a grande vantagem de efetuar um pagamento através do celular é a comodidade. “Ninguém precisa ficar andando com o cartão e tudo fica mais prático. Se eu peço uma pizza, por exemplo, posso efetuar o pagamento com antecedência e pedir para alguém receber por mim em casa”, diz.
O CEO da Paggo também revela que, por conta da criptografia dos chips do cartão e do celular, os mesmos não podem ser clonados. “Sei que muitos ficam inseguros de utilizar o celular para pagar, mas a segurança é a mesma de um cartão comum”.