A Fundação Telefônica|Vivo, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho) apresentam a campanha colaborativa “É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente”. O objetivo é dar visibilidade ao tema, para que a sociedade civil possa reconhecer situações de trabalho infantil e adolescente e saber como enfrentar o problema, que ainda atinge mais de 3,6 milhões de crianças e adolescentes no país.
A campanha pretende sensibilizar e potencializar a ação junto a diversos públicos, incluindo crianças, adolescentes, jovens e especialistas no assunto. A estratégia é propor aos cidadãos que se tornem agentes multiplicadores, produzindo e compartilhando informações nas redes sociais. “O mote É da nossa conta! chama atenção para o aspecto da corresponsabilização da sociedade civil e do Estado na garantia dos direitos da infância e adolescência, destacando um problema que se tornou opaco e culturalmente aceito, mas que de fato atinge milhares de crianças”, explica Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica|Vivo.
A embaixadora do Unicef Daniela Mercury e o fundador e coordenador geral da ONG Doutores da Alegria, Wellington Nogueira, se engajaram na campanha e gravaram vídeos que serão veiculados nas mídias sociais, enquanto a Maurício de Sousa Produções fez uma edição especial do gibi da Turma da Mônica sobre a temática.
Estruturada a partir da Rede Promenino (portal de notícias e rede social da Fundação Telefônica|Vivo que discute o tema do trabalho infantil e adolescente), por meio de seus perfis nas redes sociais, plataforma e novo site, a campanha tem a internet como principal meio, mas prevê ainda intervenções de rua em sete cidades até o final do ano.
Os eventos estão concentrados em outubro devido ao Dia das Crianças nas seguintes capitais: São Paulo (SP) – 11/10; Salvador (BA) – 18 a 21/11; Teresina (PI) – 04 a 07/11; Belém (PA) 21 a 24/10; Curitiba (PR) – 28 a 31/10; Brasília (DF) – 14 a 17/10 e Fortaleza (CE) – 28 a 31/10. Durante essas intervenções, haverá conversa com os transeuntes, além de distribuição de gibis da Turma da Mônica; 3.500 adesivos, 50 mil encartes para adolescentes; e 50 mil cartilhas, além de fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim. A campanha também terá outras peças, como banner humano, cartaz pirulito e camisetas.
A organização não governamental Viração Educomunicação (que trabalha desde 2003 com o público adolescente e jovem e tem experiência em campanhas de mobilização social) fará a coordenação executiva da campanha. A ONG vai auxiliar a Fundação Telefônica|Vivo a realizar a articulação de parceiros que produzirão conteúdo (como vídeos e notícias) para ser compartilhado via redes sociais.
Assim, as ONGs Cidade Escola Aprendiz, idealizada pelo jornalista Gilberto Dimenstein; e a Repórter Brasil, referência no combate ao trabalho escravo, participarão ativamente da campanha. O CEATS (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor), gestor da Rede Promenino, também será parceiro de conteúdo.
“Estamos apostando em criatividade e em meios mais interativos, que permitam que a sociedade participe, opine e ajude a construir a campanha”, afirma Gabriella Bighetti, diretora de Ação Social da Fundação Telefônica|Vivo. A rede Promenino terá, portanto, um site com informações, vídeos-pílulas com celebridades e conteúdos regionalizados sobre as iniciativas programadas. Será criado, ainda, um canal exclusivo para adolescentes.
Trinta adolescentes paulistanos receberão formação sobre trabalho infantil e adolescente. Deste total, 15 serão acompanhados pela equipe de educomunicadores da Viração na produção de um encarte para outros adolescentes que serão distribuídos nas cidades onde haverá os lançamentos. Eles também produzirão conteúdo para a Agência Jovem de Notícias.
Aos filhos dos colaboradores da Telefônica|Vivo na cidade de São Paulo serão oferecidas oficinas focadas na afirmação dos direitos da criança e do adolescente. As crianças poderão confeccionar jornal mural, grafite e estêncil, além de produzir vídeos de bolso sobre o tema.
“Enquanto o país tiver crianças trabalhando para sobreviver ou adolescentes se submetendo a trabalhos que comprometem seu pleno desenvolvimento como cidadãos, todo esforço por transformar esta indignação em ações concretas de proteção integral deve obter a solidariedade da comunidade nacional e internacional”, diz Renato Mendes, coordenador nacional do Projeto Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC, pela sigla em inglês) da OIT.