A Comissão de Negociação da FENTATTEL (representante dos Sindicatos da Oi) se reuniu com a Diretoria de Relações de Trabalho da Oi para concluir o processo de negociação para renovação do acordo coletivo de trabalho das lojas (Paggo) e dar início ao da Oi.
Durante a manhã foi negociado o Acordo Coletivo de Trabalho das lojas. Depois de muitas idas e vindas a empresa apresentou proposta sem que houvesse ganho real aos salários, apenas a reposição do INPC; Os outros benefícios ficaram compostos da seguinte forma: Auxílio Creche para crianças até 6 anos; Auxílio Educação Especial de R$ 320; Auxílio-medicamento de R$ 275/ano, com limite de R$ 75/mês; Tíquete de R$ 16,00 com redução da participação para 3%; e discussão sobre a criação do Placar (PPR) a partir de 2013.
A proposta negociada entre a Comissão de Negociação da Fenattel e os representantes da Paggo para o pessoal das lojas, que ainda estão sendo abertas em todo país, avança e acrescenta itens novos (Auxílio Educação Especial e Medicamentos), além de melhorar o tíquete e permitir uma discussão sobre a criação de um PPR (Placar) em 2013, porém não é a ideal e ficou muito aquém da Pauta aprovada pelos trabalhadores, mas foi o que se conseguiu avançar em mesa de negociação.
A negociação com a Oi para a possível renovação do ACT da Oi, teve seu início no período da tarde e começou mal.
Primeiro, porque os representantes da empresa não apresentaram os números do balanço do terceiro trimestre (dificultando a análise financeira e os rumos do Placar 2012), segundo e principalmente pela proposta apresentada de reajuste com faixas salariais, e o pior, de sua incidência ocorrer apenas em 2013. Além do mais a empresa não quer antecipar qualquer parcela do Placar, muito menos garantir o pagamento do já tradicional “tìquete-extra”.
Os representantes da Empresa apresentaram as seguintes propostas:
1) Reajuste salarial de 5,5% para quem ganha até R$ 5.000, sendo que este percentual seria somente em janeiro de 2013;
2) Reajuste de 5,5% também para o tíquete alimentação, auxílio creche e medicamentos;
3) Pagamento dos tíquetes nas horas-extras. 10% de seu valor a cada hora trabalhada, limitada a meio-tíquete;
4) Manutenção das demais cláusulas.
A Comissão de Negociação da Fenattel, representantes dos trabalhadores, rejeitaram a proposta de imediato e protestaram veementemente, deixando claro que esta proposta não é admissível. Que a realidade econômico-financeira da empresa não condiz com esta proposta mesquinha. Portanto, inaceitável!
Passado o impacto da indecorosa proposta apresentada pela Oi, os representantes dos trabalhadores solicitaram a suspensão momentânea da reunião e se reuniram separadamente. Após alguns debates a reunião foi retomada, momento em que a Comissão de Negociação da FENATTEL apresentou uma contraproposta, constituída por 10 pontos representando o conjunto dos trabalhadores do país:
1) Reajuste salarial do INPC mais 2%, para todo mundo, em novembro;
2) Reajuste para todos os benefícios como (auxílio creche, alimentação, farmácia, deficientes..) de 10%;
3) No caso dos tíquetes, que o desconto seja unificado em 3% e seu pagamento nas horas-extras;
4) Retorno da política anterior das diárias praticadas a mais de 20 anos e que foi alterada pela empresa.
5) Pagamento de um “tíquete-extra”;
6) Adiantamentos de 1 salário como antecipação do Placar e de metade do décimo-terceiro de 2013;
7) Aumento do reembolso por dirigir veículo próprio para R$ 1,00 por Km rodado;
8) Discussão com os Sindicatos fórmulas de combate ao assédio moral com punição dos gestores assediadores;
9) Garantia de emprego ao trabalhador pré-aposentável;
10) Melhoria do programa de doenças crônicas, bem como todos os pontos referentes aos aposentados abrangidos pelo TRCA do Paraná.
Após a explicação detalhada da contraproposta, os representantes dos trabalhadores ressaltaram da importância de chegar a um bom termo neste momento de negociação coletiva.
Em seguida a reunião foi encerrada, ficando agendada uma próxima para o dia 23 de novembro, momento que a Comissão de Negociação, Sindicatos e os trabalhadores esperam seja a rodada final.
Até lá, todos (Federação, Sindicatos e Trabalhadores) precisam estar empenhados para fazer valer os interesses da coletividade. A contraproposta dos Sindicatos é factível, tem começo, meio e fim, portanto se espera que a empresa considere-a e os avanços ocorram.