Telebras e Oi conseguiram chegar a um acerto para viabilizar as conexões de banda larga durante o sorteio das chaves da Copa das Confederações, que acontece em São Paulo, no próximo 1º/12. As empresas acordaram uma troca (swap) de fibras para superar a pouca disposição da FIFA de fazer qualquer pagamento pelo serviço.
“Está resolvido. Telebras e Oi farão um swap de fibras, que também garantirá redundância”, afirmou o secretario executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez. Ele se reuniu, na véspera, com representantes da Oi para discutir o caso.
Pelo acordo, a estatal vai ceder à Oi as fibras que implantou no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, local do sorteio previsto para 1º/12. Em contrapartida, a Oi cederá à Telebras 25 km de fibras em local ainda a ser escolhido pela Telebras.
O acerto é um alívio, ainda que temporário, para a encrenca que vem se arrastando há meses e que teve no episódio do sorteio das chaves urgência evidente diante da proximidade do dia do evento. Em resumo, a FIFA resiste a fazer qualquer desembolso pelos serviços de telecomunicações dos megaeventos esportivos do futebol – Copa das Confederações, em 2013, e Copa do Mundo, em 2014.
Nas negociações para sediar os eventos, o Brasil garantiu à FIFA a infraestrutura de telecomunicações, como as fibras nos estádios das cidades-sede. A implantação das fibras foi delegada pelo Grupo Executivo da Copa (Gecopa) à Telebras. Mas a FIFA também quer que, além da infraestrutura em si, o serviço também saia sem custos.
É aí que tanto a Telebras como as operadoras privadas (destacadamente a Oi, que teria um acerto com a FIFA, mas diz que possui apenas um contrato de mídia publicitária) evitam assumir o compromisso. No caso da estatal, fornecer o serviço gratuitamente é, inclusive, juridicamente inviável e poderia trazer complicações legais.
Com o swap de fibras, as duas empresas conseguem driblar o problema, mas a solução (ao menos até aqui) só vale para o caso específico do sorteio das chaves da Copa das Confederações.