A Telefonica tem a América Latina como seu principal refúgio para a sobrevivência. A região não é apenas o mais importante motor de crescimento e de prospecção de clientes da companhia, mas também o principal celeiro de fundos.
Segundo relatório, a empresa gigante de telefonia estabeleceu um novo recorde em 2011 quanto à repatriação líquida de fundos de empresas latino-americanas, chegando a 3,074 milhões de euros, 44,6% mais que o saldo líquido de 2010 (2,125 milhões de euros), segundo reportagem publicada nesta terça-feira 3 no jornal espanhol El País.
Como uma de suas políticas para mitigar o risco país da Espanha, a Telefonica repatria os fundos gerados na América Latina não necessários para empreender novas oportunidades de desenvolvimento de negócio rentável na região. A empresa recebeu, em 2011, 3,139 milhões da América Latina, entre dividendos, redução de capital, entre outros meios.
A matéria do El País afirma que a empresa tem um forte compromisso na região, onde investiu 5,299 milhões de euros, o que consolidou a operadora como a principal investidora na área. O serviço, porém, vai de mal a pior. A companhia liderou por cinco anos consecutivos a lista de empresas que mais receberam reclamações no Procon. Em 2011, quando cedeu o primeiro lugar ao Bradesco, a empresa caiu para o sexto lugar, com 835 reclamações não solucionadas.
Outra reportagem do El País noticia também que a Movistar, filial da Telefonica na Argentina, deixou 16 milhões de usuários sem o serviço da empresa, ou seja, sem celular. O problema técnico durou mais de cinco horas, o que gerou diversos protestos nas redes sociais.