O passivo da Unicel, operadora de telecomunicações que atuou em São Paulo por meio da marca Aeiou e ligada ao marido da ex-ministra Erenice Guerra, não se restringe aos R$ 270 milhões devidos ao governo por falta de pagamento das licenças de 1,8 GHz e 400 MHz que ela adquiriu.
Com a Receita Federal, a dívida chega a R$ 4 milhões. Deste valor, ao menos R$ 1,7 milhão é referente a débitos previdenciários. O restante vem de outros débitos não especificados pelo fisco. Esse tipo de passivo precisa ser quitado antes de qualquer transferência de outorga.
Soma-se a isso um passivo trabalhista significativo e disputas judiciais com ex-fornecedores.
A empresa está no radar da NII Holding, controladora da Nextel, que está interessada em pagar R$ 370 milhões pela companhia por causa de suas frequências. O pedido de autorização para o negócio já foi formalizado à Anatel e uma resposta deve sair breve.
Caso o órgão regulador aprove a compra da empresa, a Nextel poderá usar a frequência de 1,8 GHz como porta de entrada para o 4G em São Paulo.