21/11/2024

Vivo divulga seus resultados no trimestre. Acompanhe um resumo

A Vivo observou um trimestre relativamente tranquilo, de acordo com os resultados financeiros divulgados referentes ao período de julho a setembro deste ano. Enquanto a receita contou com crescimento impulsionado pelo mercado de telefonia móvel, os acessos fixos (excetuando a banda larga fixa) mostraram forte queda, refletida também no número de acessos. O lucro líquido da operadora também registrou queda no comparativo com o mesmo trimestre de 2011.

A empresa registrou queda de 29,8% no lucro líquido, fechando o terceiro trimestre de 2012 com R$ 935,8 milhões. Segundo o balanço, o resultado se deve ao impacto gerado pela declaração de juros sobre capital próprio no mesmo período do ano anterior, que, segundo a companhia, inflacionou o lucro líquido no 3T11 para R$ 1,332 bilhão.
A receita operacional líquida da Vivo cresceu 2,1% em comparação com o terceiro trimestre de 2011, totalizando R$ 8,463 bilhões atualmente. No acúmulo do ano, o aumento foi mais discreto, 1,8% em nove meses, totalizando R$ 25,021 bilhões. A receita operacional líquida de serviços total teve crescimento de 1,6% na comparação de trimestres, fechando setembro com R$ 8,200 bilhões. Dentro deste item, o destaque foi a receita de serviços móveis, com crescimento de 8,1% e fechando R$ 5,078 bilhões; na soma dos três trimestres, alta de 10,5% e totalizando R$ 14,962 bilhões. Já na receita operacional líquida dos serviços fixos, houve queda de 7,3% em relação ao 3T11, fechando o trimestre com R$ 3,122 bilhões. No acúmulo do ano, a queda foi um pouco mais acentuada: 7,8%, R$ 9,446 bilhões.
No entanto, a receita de aparelho móvel (vendas de dispositivos), mesmo tendo mostrado crescimento de 16,6% em relação ao terceiro trimestre de 2011, observou uma grande queda no acúmulo de nove meses, com diminuição de 22,6% e totalizando R$ 612,6 milhões. A receita com dados e serviços de valor agregado (SVA) foi de R$ 1,414 bilhão no 3T12, crescimento de 17,2%. A Vivo atribuiu isso ao “crescimento das vendas de smartphones” (apesar do resultado negativo no acúmulo) e aos planos 3G Plus (nome comercial do HSPA+ da empresa), além de venda de pacotes de dados para clientes pré-pagos. No acúmulo, a operadora obteve R$ 4,083 bilhões, crescimento de 23,5% em relação aos nove primeiros meses de 2011. A receita com uso de redes diminuiu 7,5% (total de R$ 2,864 bilhões no acúmulo do ano), enquanto a de Internet (18,7%) e messaging P2P (28%) continuam aumentando no acúmulo.
Os custos operacionais da empresa cresceram 1,5% no 3T12, totalizando R$ 5,552 bilhões gastos no período. Até setembro, a Vivo teve R$ 16,169 bilhões de despesas, 2,1% a mais do que no acumulado de 2011. Os investimentos diminuíram no trimestre: foram R$ 935,8 milhões, queda de 29,8% em relação ao ano passado. No ano, foram R$ 3,271 bilhões investidos até setembro (17,5% menos do que em 2011).
O EBITDA da operadora diminuiu 5,9% em relação ao segundo trimestre deste ano, mas mostrou resultado positivo com crescimento de 3,1% na comparação com o mesmo período em 2011 e fechando setembro com R$ 2,911 bilhões. Na comparação de nove meses, o crescimento foi de 1,4% e totalizando R$ 8,851 bilhões. A margem EBITDA foi de 34,4% no trimestre, praticamente estável (0,3 pontos percentuais) em relação ao 3T11.
Móvel e fixo
O ARPU (receita por usuário) na telefonia móvel da empresa atingiu R$ 22,2, aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior, embora tenha recuado 7,1% no acúmulo de nove meses, chegando a R$ 22,2 neste ano. A Vivo diz que o aumento na comparação de trimestres aconteceu por conta do crescimento de 0,8% na ARPU de dados, que chegou a R$ 6,2. No entanto, a ARPU de voz diminuiu 9,8%, saindo de R$ 17,7 em 3T11 para R$ 16 no terceiro trimestre de 2012. O tráfego total foi de 27,988 bilhões de minutos, aumento de 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida fixa diminuiu 7,3% na comparação de trimestres, fechando setembro com R$ 3,122 bilhões e acumulando R$ 9,446 bilhões em 2012, queda de 7,8% em relação a 2011. A maior responsável pela queda foi a receita de voz e acessos, que caiu 13,4% no trimestre (R$ 1,722 bilhão) e 15% no acúmulo (R$ 5,251 bilhões). A justificativa da empresa foi o impacto regulatório, com a redução do VC1 Fixo Móvel a partir de fevereiro deste ano. Sem isso, a Telefônica afirma que a redução seria de 10,6%.
Acessos
O crescimento nos acessos foi um dos destaques do relatório da empresa, com 11,6% de crescimento em relação ao trimestre do ano passado e fechando setembro com 91,892 milhões de usuários no total. Os acessos móveis foram os responsáveis pelo aumento, totalizando 76,806 milhões e crescendo 14,6% em relação a 2011.
No negócio fixo, a Vivo mostrou resultados negativos também nos números de assinantes na maioria dos itens. A telefonia fixa diminuiu 3,4% em relação a 2011, fechando setembro com 10,714 milhões de assinantes. A TV por assinatura, como era de se esperar, diminuiu 10,6%, totalizando 619 mil acessos. Já a banda larga fixa aumentou 5,7%, totalizando 3,754 milhões de usuários. O total fixo foi de 15,087 milhões de acessos, recuo de 1,6%.
Debêntures
A companhia destaca a emissão de 200 mil debêntures simples em setembro deste ano, com valor nominal unitário de R$ 10 mil e totalizando R$ 2 bilhões. A Vivo diz que os recursos obtidos por meio da oferta restrita foram direcionados aos investimentos para a implementação do 4G e na manutenção de liquidez e prolongamento de outras dívidas. Outro ponto levantado foi o anúncio da recompra de ações ordinárias e preferenciais de emissão da companhia, divulgado nesta segunda-feira.

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