A operadora Oi financiará a construção de 5 fábricas de reciclagem de produtos eletroeletrônicos no país. Para tirar o projeto do papel, a empresa fechou parceria com a Descarte Certo, de Americana (SP), especializada em serviços de coleta, manejo de resíduos e reciclagem de equipamentos usados. Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Amazonas e Goiás serão contemplados. Cada unidade custará R$ 10 milhões.
As novas fábricas atenderão à demanda da Oi e vão compor um parque industrial capaz de processar os resíduos de outras fábricas de eletroeletrônicos. Juntas, elas vão gerar cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos. Ao todo, as plantas terão capacidade para processamento de 1,2 mil toneladas de resíduos por mês.
São considerados resíduos sólidos as partes e peças de bens de consumo como computadores, celulares e eletrônicos, que após o uso se transformam em lixo capaz de causar danos tanto ao meio ambiente quanto à população.
Como contrapartida, a Oi solicitou a prestação de serviços de coleta, manufatura reversa e destinação final de resíduos produzidos pela própria empresa, de seus fornecedores, clientes e colaboradores, além da gestão de todo o processo.
A prestadora é a primeira empresa da iniciativa privada a fechar uma parceria estratégica que viabiliza a cadeia completa de gestão de resíduos sólidos. Com a iniciativa, a companhia antecipa-se à aplicação da Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A legislação deve ter caráter obrigatório a partir do 2º semestre de 2013, após sua regulamentação.
“Com a construção dessas fábricas, o Brasil passa a ter a capacidade instalada necessária para desindustrializar produtos pós-consumo adequadamente. Isso colocará o país nos mesmos padrões internacionais com emprego de tecnologia, inovação, capacitação de mão de obra e geração de empregos”, disse o presidente da Descarte Certo, Lucio Di Domenico, em nota.
Hoje, a Oi já realiza o gerenciamento do material descartado junto aos seus prestadores de serviços utilizando empresas de reciclagem homologadas pelos órgãos ambientais. Em 2011, foram encaminhadas mais de 3,3 mil toneladas de material para reciclagem, como cobre, alumínio e ferro, cabos de fibra ótica, baterias, cabos telefônicos, sucatas de informática, fibra de vidro, partes de peças de telefones públicos vandalizados, sucatas de mobiliário, entre outros. A meta é de 100% de reaproveitamento dos produtos, com a reinserção destes materiais na cadeia produtiva.