Seguindo o que foi visto nos últimos três meses, as ações da Telefônica Brasil/Vivo novamente foram as mais citadas nas carteiras recomendadas com estratégia de dividendos em dezembro. Dos 9 portfólios acompanhados, os papéis da Vivo foram citados em 6 deles.
A dinâmica destes portfólios considerados mais defensivos pouco mudou. Uma das alterações em relação à compilação de novembro foi a segunda posição assumida pelas ações da Cielo, que passaram de três para quatro votos. Ambev e Tractebel completam a lista das mais recomendadas, com ambas sendo vistas em 3 das 9 carteiras, um voto a menos do que no mês anterior.
Recomendações em carteiras de dividendos | ||
Ação | Dezembro/12 | Novembro/12 |
Telefônica Brasil PN | 6 | 7 |
Cielo ON | 4 | 3 |
Ambev PN | 3 | 4 |
Tractebel ON | 3 | 4 |
Banco do Brasil ON | 3 | 3 |
Coelce PNA | 3 | 1 |
Grendene | 3 | 2 |
Taesa | 3 | 3 |
CCR ON | 2 | – |
Comgas PNA | 2 | 2 |
Contax PN | 2 | 2 |
AES Tietê PN | 2 | 2 |
Valid | 2 | 2 |
Metal Leve | 1 | 2 |
Bradespar PN | 1 | 1 |
BM&FBovespa | 1 | 1 |
Cemig PN | 1 | 1 |
Souza Cruz | 1 | 1 |
Siderúrgica Nacional | 1 | 1 |
O setor de telecomunicações segue em um momento delicado, com os analistas dos principais bancos e corretoras mantendo cautela quanto aos papéis das principais empresas no segmento, sendo que Telefônica/Vivo e TIM tiveram suas recomendações reduzidas entre as as carteiras principais para o mês.
Para o HSBC, a suspensão imposta pela Anatel para a comercialização de novos celulares pelas principais operadoras é um fator de risco perigoso para o setor, principalmente se as empresas tiverem que aumentar o Capex (investimentos em bens de capital) nos próximos anos para fazer frente as exigências da agência.
Porém, quando o assunto é dividendos, os papéis da Vivo continuam muito bem vistos pelos analistas. Para a Planner Corretora, as ações da companhia tem boa previsibilidade de resultados e além de ter bom desempenho nos últimos anos. Eles ainda destacam o baixo nível de endividamento da empresa e o dividend payout (percentual do lucro líquido que é distribuído aos acionistas) de 100%.