A infraestrutura montada para abastecer os mais de 7 mil participantes da Campus Party Brasil com internet neste ano seria suficiente para alimentar cerca de 400 mil residências, atendendo a 1,2 milhão de habitantes, a população de Guarulhos (SP), por exemplo. Tudo isso acontece dentro do OVNI, um aquário de vidro iluminado no centro da Arena do evento, que contém mais de R$ 5 milhões em equipamentos.
Para fazer tudo isso acontecer, chegam dois cabos das centrais da Vivo até o Anhembi Parque, entram no OVNI e são distribuídos por todo o evento. É dali que saem os 30 GB de capacidade da rede que permitem que os participantes se conectem à internet.
Ontem, o pico de download de dados simultâneo em todo o evento chegou a 5,6 GB. O de upload, a 5,9 GB, números bem abaixo da capacidade total da rede, de 30 GB.
Além disso, no OVNI ainda estão localizadas as antenas da telefonia móvel de 4G, que está sendo testada pela Vivo durante a Campus Party.
A 6ª edição da Campus Party Brasil, uma das maiores festas de inovação, tecnologia e cultura digital do mundo, acontece entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro no Anhembi Parque, em São Paulo. Na Arena do evento, 8 mil pessoas têm acesso à internet de alta velocidade e a mais de 500 horas de palestras, oficinas e workshops em 18 temáticas, que vão desde mídias sociais e empreendedorismo até robótica e biotecnologia. 5 mil desses campuseiros passam a semana acampados no local.
A 6ª edição traz ao Brasil nomes como o astronauta Buzz Aldrin, um dos primeiros homens a pisar na Lua, e o fundador da Atari, Nolan Bushnell. Em sua 6ª edição em São Paulo, a Campus Party também teve no ano passado a 1ª edição em Recife (PE). O evento acontece ainda em países como Colômbia, Estados Unidos, México, Equador e Espanha, onde nasceu em 1997.
Nas edições brasileiras anteriores, o evento trouxe ao País nomes como Tim Berners-Lee, o criador da Web; Kevin Mitnick, um dos mais famosos hackers do mundo; Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos; Steve Wozniak, que fundou a Apple ao lado de Steve Jobs; e Kul Wadhwa, diretor-geral da fundação Wikimedia, que mantém a Wikipédia.