As divisões da Telefónica (dona da Vivo no Brasil) na Alemanha e na República Tcheca disseram que a receita de serviços móveis teve queda, à medida que os seus clientes fizeram menos chamadas de voz, mas passaram mais tempo online em smartphones e tablets.
O valor médio das contas de telefones celulares na Europa caiu 15% desde 2007, e agora respondem por apenas 62,6% do fluxo de caixa de companhias europeias, ante 80% naquele ano, segundo a empresa de pesquisa Informa.
Ao mesmo tempo, o volume de dados (geralmente vendidos por uma tarifa fixa) deve dobrar a cada ano até 2015, de acordo com a entidade que representa o setor GSMA.
A alemã Telefonica Deutschland, separada de sua controladora espanhola no fim do ano passado, disse que o crescimento da receita em seu negócio móvel desacelerou para 3,6% no 4º trimestre, abaixo do ganho de 5,6% no terceiro trimestre e de 8,6% no segundo.
Já a receita da unidade tcheca da Telefónica caiu 4,8%, para 12,78 bilhões de coroas (653,28 milhões de dólares), mas ficou acima da previsão de 12,7 bilhões.
A Telefónica detém 75% da Deutschland e 69,4% do negócio na República Techa.
As operadoras de telecomunicações na Europa estão lutando num mercado fortemente competitivo, com duras regulamentações e em profunda recessão.
A Vodafone, maior operadora móvel da Europa, viu sua receita cair 0,4% no primeiro semestre do atual ano fiscal.
A Telefónica vai divulgar seus resultados na quinta-feira e analistas esperam uma queda de 19% no lucro líquido, para 4,4 bilhões de euros, impactada por uma baixa contábil de sua fatia na Telecom Italia (dona da TIM no Brasil) e pela desvalorização cambial na Venezuela.