O satélite Intelsat 27 (IS-27), que seria lançado esta noite e colocado em órbita de 55° W para atender inclusive o Brasil, sofreu uma falha de lançamento e caiu no Oceano Pacífico após uma falha inesperada do foguete lançados, o Zenit 3SL, lançado a partir da plataforma Odyssey Launch Platform (operada pela SeaLaunch). O vídeo do lançamento, (você pode assistir ao fim da matéria), mostra que após 40 segundos de vôo, ainda no primeiro estágio, o foguete simplesmente apagou e o lançador, juntamente com o satélite, caíram no mar. As causas da falha ainda estão sendo apuradas. A cobertura do IS 27 incluía feixes para a América do Norte, América do Sul e Europa.
Segundo apurado pelo #Minha Operadora, o IS-27 substituiria os satélites IS 805 e Galaxy 11, que hoje estão na mesma posição e atendem clientes corporativos da Intelsat e a operadora de TV por assinatura GVT. Mas, ainda segundo informações preliminares, os dois satélites ainda têm vida útil suficiente para permanecerem em operação até que um substituto possa ser colocado na posição, o que não deve causar nenhuma interrupção de serviços. Não há informações ainda sobre eventuais expansões de capacidade que seriam proporcionadas pelo IS-27. A Intelsat assegura que nenhum serviço será interrompido.
Trata-se de uma falha grave, em um lançador que tem um histórico considerado grande de problemas e cuja empresa passou recentemente por um processo de reestruturação financeira. Fontes de mercado avaliam como péssima a notícia, pois uma falha como essas, a depender da natureza do problema, certamente encarece custos de seguro, atrasa cronogramas e prejudica a expansão do mercado. Recentemente o lançador Proton, da ILS, também sofreu uma falha com o foguete já no espaço, liberando um satélite russo antes da hora. O satélite conseguiu chegar na posição final usando combustível próprio, mas a falha ocasionou atrasos nos lançamentos programados com o Proton, afetando inclusive o lançamento do SES 6, que servirá ao Brasil e que deve ser usado pela Oi TV em sua plataforma de DTH.
As primeiras informações dão conta de que, durante o lançamento, o foguete teria atingido uma angulação inadequada e o desligamento do foguete se deu de forma controlada a uma distância segura da plataforma marítima. Existe uma preocupação agora com a recuperação dos destroços por conta dos riscos de contaminação, já que os combustíveis remanscentes tanto do foguete quanto do satélite são extremamente tóxicos. A Sea Launch oficialmente informa apenas que perdeu a telemetria do foguete e que, portanto, a missão foi considerada perdida. A empresa já abriu uma investigação par apurar as causas da falha. A Intelsat trabalha no plano de contingência.
Assista ao vídeo do lançamento do satélite que o nosso portal teve acesso: