Há cerca de um mês os vereadores de Santo André – SP estão com os celulares cortados. Além disso, nenhum gabinete consegue fazer ligações para telefones móveis. O contrato com a operadora Vivo, que prestava o serviço, acabou em 31 de dezembro e não pôde ser renovado porque foi contestado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). A alegação é que o acordo fere o “princípio da razoabilidade”. Ou seja, alguns termos foram considerados exagerados. A assessoria de imprensa da Casa não soube informar os itens do contrato: valor pago pelo Legislativo, número de aparelhos e minutos disponíveis. Confirmou apenas que o tempo de duração foi de 5 anos e o problema foi herdado da gestão anterior. “Tudo agora será feito dentro da lei, por isso não renovamos ainda o contrato de celulares. Vamos aguardar o aval do TCE”, disse o presidente Donizeti Pereira, por meio de sua assessoria. Cada gabinete tinha à disposição pelo menos dois aparelhos e os parlamentares contavam com 1000 minutos cada para fazer ligações.
Alguns vereadores reclamam que ainda não foram informados detalhadamente sobre os motivos que causaram o corte dos celulares. Um deles é José Montoro Filho, o Montorinho. “Até agora eu não sei ao certo o que aconteceu. Só sei que de uma hora para outra tive que começar a pagar as contas”, afirmou.
Sem os 1000 minutos e com os telefones dos gabinetes bloqueados para fazer chamadas para celulares, os vereadores têm buscado alternativas. Montorinho, por exemplo, disse que arrumou um aparelho pré-pago para realizar o trabalho. “Ontem coloquei R$ 18,00 de crédito e já acabou tudo”, lamentou o petista.