Há espaço no Brasil para outra rede social? Na opinião de Zaryn Dentzel, criador do Tuenti, sim. A rede espanhola, a mais popular do país, tenta se expandir para outros países, apostando em um modelo de negócios diferente do Facebook, que segundo os fundadores, leva em conta a privacidade do usuário.
Dentzel explica que a pessoa tem domínio total do conteúdo que é postado por ela na rede e que suas informações não são repassadas a anunciantes, como faz a página de Mark Zuckerberg. Além disso, nada do que é postado é indexado pelo Google.
“Publicidade em si, não é ruim, mas não deve ser intrusiva”, acredita Dentzel, comparando com o Facebook. Para gerar receita sem se aproveitar dos dados dos usuários, o Tuenti utiliza acordos com operadoras telefônicas da Espanha na venda de pacotes de conectividade.
Outro diferencial apresentado em relação à principal rede social do mundo é o foco em pessoas e amizades reais e por isso há um controle forte sobre os perfis ‘fake’. Segundo Dentzel, o Facebook é como uma bagagem social que você carrega, adicionando pessoas com as quais você quase não tem contato. Isso acaba fazendo com que haja muita informação irrelevante em sua timeline.
Para o criador do serviço, o Brasil e a América Latina como um todo são mercados importantes para qualquer rede social que pretenda crescer e que esta possibilidade é real. Segundo ele, o espanhol é muito social, bem como brasileiros e latinos, o que é um fator decisivo para desencadear um crescimento rápido e viral de uma rede.
Para isso, ele acredita que será necessária uma adoção massiva do aplicativo. O Tuenti gostaria que seu app (ainda em fase beta no Brasil), disponível para iOS, Android, BlackBerry e Windows Phone cresça no mesmo molde de Instagram e Whatsapp.