Uma consumidora está revoltada por ter recebido uma conta de internet de quase R$8 mil. O susto veio após uma viagem para o Rio de Janeiro, quando a gerente administrativa Gisele Fernandes solicitou o desbloqueio em roaming para usar os serviços da internet da CTBC fora da área de cobertura. Ela explica que esperava que a conta viesse um pouco mais cara que o normal, mas não imaginava que seria tanto.
No mês de janeiro, Gisele fez uma viagem a passeio ao Rio de Janeiro. Chegando lá, percebeu que a internet banda larga móvel que possui pela CTBC não estava funcionando. “Liguei na empresa e me disseram que deveria desbloquear o roaming, pois no local que estava não tinha sinal da CTBC. Só que durante a conversa com a atendente não fui informada de que teria de pagar mais caro por isso, imaginei que teria um acréscimo na minha conta, mas não pensei que fosse esse valor. Estou me sentindo enganada”, explica Gisele, que ressalta que o valor máximo que chegou a pagar pela internet foi R$10,15.
Além disso, ela revela que acessou a internet por pouco tempo, o acesso era cerca de 20 minutos, o que, segundo ela, também mostra que não se justifica esse valor alto. “Recebi a primeira conta no mês de fevereiro. O valor era de R$6.432, questionei e a atendente disse que me enviaria outra conta e que seriam apurados os meus gastos, o que de fato aconteceu. Porém, em março, a conta veio mais cara ainda, no valor de R$7.739,59, levei um susto e a informação era de que a CTBC julgou improcedente o meu questionamento”, afirma a consumidora.
Diante da situação, Gisele buscou alguns técnicos da área para esclarecer os fatos. Um profissional de sistema de informação disse a ela que o Facebook, a rede social que ela acessou durante o período que esteve no Rio de Janeiro, durante o período que o usuário está conectado, utiliza muitos dados, como fotos e imagens, portanto, com alto volume de kbytes trafegados, e o valor cobrado normalmente pela operadora é de R$15,90 por kbyte.
“Posso ter gasto algo a mais, mas tenho certeza que não é o suficiente para uma conta de quase R$8 mil. Consumidor nenhum tem noção do que é isso. As empresas precisam ser mais claras, mostrar o que significa e quanto vale cada gasto. Senti-me mal orientada, isso mostra falta de comprometimento com o cliente”, diz Gisele, ressaltando que pretende buscar seus direitos como consumidora.
De acordo com o Procon, o órgão está pronto para promover todo o recálculo da conta dela e apurar o seu real valor, além de analisar o contrato que estabeleceu com a operadora. Caso exista irregularidade na cobrança, o Procon tem como tomar as medidas cabíveis contra a empresa, informa a coordenadora.
O #Minha Operadora encaminhou à empresa a situação da reclamante e, de acordo com a assessoria de comunicação, o levantamento foi iniciado, mas até o fim da tarde de ontem ainda não era possível emitir um posicionamento sobre o assunto.