A TIM informou que deve finalizar e operar ainda no primeiro semestre deste ano uma rede de fibra óptica de 2.650 quilômetros de extensão em território cearense, atravessando 11 cidades do Estado.
O trecho é apenas parte de um bem maior, que deve ligar a Capital do Ceará a Belém do Pará e o objetivo é converter redes 2G e 3G localizadas em regiões do Interior para a conexão dos cabos gerando capacidade de ofertar produtos melhores a preços mais competitivos.
“Quando você tem capacidade de transmissão, pode ser agressivo na comercialização”, comentou o diretor de redes da companhia, Cícero Olivieri, sem revelar o investimento desembolsado pela operadora.
Ele explica que a tecnologia da fibra óptica permite colocar 40 canais com 40 Gigabits por segundo de capacidade e tem menos restrições que as tecnologias wireless e até a de satélite, as quais sofrem com interferências nas frequências. Além da qualidade, a expectativa é que a próxima geração de cabos multiplique a capacidade por quatro.
Outra relação apontada pelo diretor de redes da TIM é da relação da fibra óptica com o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios através da implantação da banda larga, o que também é constatado por um estudo do Banco Mundial feito em 2008, no qual a instituição aponta “que conforme a penetração de banda larga cresce em 10% o país eleva o seu PIB para 1,3% de crescimento, em média”.
Estudo semelhante também foi feito pela consultoria norte-americana Arthur D. Little, em novembro do passado, o qual relaciona a banda larga com o desenvolvimento das regiões.
No Ceará, as cidades que serão beneficiadas pela rede de fibra da TIM serão: Aracati, Banabuiú, Baturité, Fortaleza, Icó, Iguatu, Itapajé, Milagres, Piquet Carneiro, Quixadá e Sobral. Além destes municípios, a operadora também revelou a construção de uma rede de longa distância em Juazeiro do Norte, que se ligará à Fortaleza.
A Capital cearense ainda conta com a vantagem reconhecida por todas as empresas de tecnologia e que também foi mencionada por Olivieri: ela é ponto de conexão de cabos de fibra óptica que ligam o Brasil aos Estados Unidos e a Europa.
Mas a linha Fortaleza-Belém é a mesma já anunciada pela Vivo e faz parte de um contrato de compartilhamento de redes entre as duas operadoras.
“O setor de telecomunicações evoluiu muito no que diz respeito à infraestrutura. O desenho de backbone (nome dado à rede de transmissão) se viabiliza pela capacidade das empresas de sentarem juntas e dividirem custo de investimento. Desse modo, a gente vai, realmente, competir no mercado pelo produto e pela qualidade ofertada por cada uma”, argumenta Olivieri.
A TIM também informou que o ponto de Belém, onde o cabo que parte de Fortaleza será conectado, fechará outra rede: a que está sendo feita entre Brasília e o Pará, passando por Manaus e Amapá. No trecho que atravessou a mata atlântica e o Rio Amazonas, foram investidos R$ 200 milhões para instalar o cabo de fibra óptica nas torres de transmissão montados pela Isolux. A empresa multinacional possui um contrato de concessão para a construção e operação de uma linha de energia elétrica entre Brasília e Manaus, na qual a TIM fechou acordo para levar sua internet para o Norte.
Em evento realizado em São Paulo no início desta semana, a operadora informou que deve operar pacotes a preços semelhantes aos cobrados em São Paulo e nas demais metrópoles nacionais em Manaus (AM), Macapá (AP) e Tucuruí (PA). Em todas as três cidades, a mesma velocidade de conexão custa R$ 200 no Norte, enquanto no Sudeste é R$ 53.
2,6 mil quilômetros é a distância percorrida pelo cabo de fibra óptica que a TIM deve estar operando até o meio deste ano nas 11 cidades do Estado do Ceará.
Abaixo você confere um mapa que detalha melhor a rede de fibra ótica da operadora: