A quarta geração de banda larga móvel (4G) deve entrar em prática até o dia 30 de abril nas seis cidades-sede da Copa das Confederações de futebol (Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte). No dia 27 de março, o #Minha Operadora testou o acesso 4G, que foi lançado pela operadora Claro em Curitiba no início do mês de fevereiro.
Os testes foram feitos na Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR que será palco de partidas da Copa do Mundo de 2014, com smartphones e chips cedidos pela Claro, única operadora que oferece o serviço 4G em Curitiba. No local, a nova tecnologia chegou a apresentar desempenho 13 vezes superior em relação ao 3G. O teste comparou o desempenho das redes em aplicações como acesso a redes sociais, download de aplicativos, além da exibição e vídeos.
De acordo com especialistas em telecomunicações, a banda larga móvel de quarta geração deve alcançar uma velocidade de acesso 20 a 40 vezes mais rápida, em média, do que a oferecida pelas atuais redes 3G: entre 256 kilobits por segundo (Kbps) e 1 megabit por segundo (Mbps).
Além da capital do Paraná, a Claro oferece o serviço de acesso móvel pela tecnologia 4G em Porto Alegre (RS), Recife (PE), Paraty (RJ), Campos do Jordão (SP) e Búzios (RJ). As operadoras Oi, TIM e Vivo informaram que trabalham para iniciar oferta do acesso 4G até o prazo estabelecido pela Anatel, em 30 de abril. O cronograma da Anatel exige que até abril as cidades sede da Copa das Confederações estejam pelo menos 50% cobertas pela nova tecnologia. Até a Copa de 2014, a cobertura deve atingir todas as capitais com mais de 500 mil habitantes.
De acordo com diretor regional da empresa para o Paraná e Santa Catarina, Carlos Cipriano, a Claro possui atualmente 101 pontos de cobertura em Curitiba, que abrangem 47 bairros da cidade. A lista completa está disponível no site da operadora.
Os testes sequenciais de velocidade foram realizados com o aplicativo SpeedTest, que utiliza servidor da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) para verificar o desempenho das conexões. A reportagem estava posicionada onde será erguido o setor “Brasílio Itiberê”, que abrigará as cabines de imprensa da Arena da Baixada. Os aparelhos Motorola Razr HD, com os chips 3G e 4G, foram fornecidos pela Claro.
Confira os resultados:
Foram efetuados três testes sequenciais de velocidade, que apontaram para uma velocidade média, nas redes 4G, de 7,64 megabits por segundo (Mbps) no download e de 10,62 Mbps no upload. A velocidade do 3G chegou apenas a 2,96 Mbps no download e a 1,23 Mbps no upload.
O teste seguinte foi feito com um vídeo de dois minutos postado no catálogo do site da operadora Claro. A campanha demorou quatro segundos para ser visualizada com o aparelho com chip 4G, quatro vezes mais rápido do que a visualização com o aparelho de chip 3G. No tempo total, considerando o clique inicial até a visualização, o resultado foi de 16 segundos na conexão via rede 4G, e de 28 segundos na rede 3G.
Os testes no YouTube foram divididos em duas partes: download e upload. Na primeira etapa, de download, foi levado em conta o tempo para visualizar um vídeo de 30 segundos disponível no site, tarefa que o 4G levou cinco segundos para realizar, enquanto o 3G precisou de dez segundos para exibir.
Já na segunda parte, a nossa equipe postou vídeos de 35 segundos mostrando o andamento das obras da Arena. Este teste registrou a maior diferença entre as duas tecnologias, já que o 4G foi treze vezes mais rápido do que o 3G. Enquanto o vídeo foi postado em 44 segundos na velocidade mais alta (4G), na conexão via rede 3G a postagem levou dez minutos e cinco segundos.
Neste teste utilizamos fotos recém-registradas das obras da Arena da Baixada para avaliar o tempo de publicação. Neste teste, pelo acesso via rede 4G o upload da foto e sua publicação no Facebook levaram 8 segundos, enquanto na conexão 3G o mesmo procedimento foi realizado em 17 segundos.
Outro teste foi feito com o download do game “Dead Trigger”, que com 164 Megabytes (MB) de tamanho levou três minutos e 25 segundos para ser baixado com a tecnologia 4G. Já com o chip 3G, o tempo foi três vezes e meia maior, com 11 minutos e 55 segundos de demora para download.
A rede social, que permite postagens de até 140 caracteres, também foi utilizada para aferir os desempenhos. Neste caso, a diferença foi de apenas um segundo entre a postagem feita com o chip 4G (quatro segundos), e a publicação realizada com o aparelho 3G, que levou cinco segundos para ir ao ar.