Faltando pouco mais de dois meses para a Copa das Confederações, a preocupação com o serviço 4G, previsto para funcionar nas capitais-sede do evento, está cada vez maior. O atraso está preocupando a Fifa, que teme um black-out de comunicações nos estádios. A demanda por comunicações no torneio-teste para o Mundial de 2014 será grande. Além do fluxo de turistas, cerca de 4 mil jornalistas de todo o mundo estarão nos estádios.
No entanto, o país ainda não possui uma oferta consistente de 4G nem mesmo para os clientes regulares das operadoras de telefonia móvel e ainda apresenta problemas na qualidade dos serviços nas redes atuais.
Das seis sedes da Copa das Confederações (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador e Brasília) apenas a capital pernambucana já conta com oferta 4G, e somente da Claro.
De acordo com determinação da Anatel, as operadoras tem até maio para abrirem suas operações 4G nas sedes da copa, que será de 15 a 30 de junho. Mas a Fifa está impaciente. “A única coisa que podemos fazer é acreditar no que o governo diz, que haverá tecnologia 4G. Temos de ter paciência”, disse o diretor de comunicação da federação internacional, Walter de Gregorio. Para o diretor, a presença nova geração de internet móvel, que pode ser até cem vezes mais veloz que o 3G, é fundamental para veículos de mídia em tempo real, e o colapso do serviço pode ter repercussões negativas não só para o país, mas também para a Fifa… Não posso imaginar um cenário em que os jornalistas não possam transmitir suas reportagens, é impensável um black-out desse tipo”, afirmou de Gregorio..
O governo garante que a infraestrutura de telecomunicações nos estádios estará pronta para os eventos.
“Estou tranquilo porque, no caso da Telebrás os investimentos quase todos já foram feitos e, no caso das empresas de telecomunicações, elas tiveram um pouco mais de demora por conta da liberação dos estádios, mas são empresas que têm facilidade de investir”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
No entanto, a Fifa já se prepara para uma possível estrutura “meia-boca”, meio que se desculpando por antecedência pelos serviços que podem não estar disponíveis no evento. O secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke alertou que “nem todos os aspectos operacionais estarão a 100% ” na Copa das Confederações devido aos atrasos na entrega dos estádios.