A proposta das operadoras de bloquearem celulares piratas no Brasil ganhou altorização da Anatel, e a partir do começo do ano que vem aparelhos sem homologação não devem mais funcionar nas redes daqui. A partir de agora, as operadoras e o Sinditelebrasil vão começar a implementar o sistema de identificação e bloqueio de aparelhos considerados piratas.
Quais são os “aparelhos piratas”? Basicamente, os famosos xing-ling. Aquele MP20 que tem entrada para 3 chips e TV digital. As operadoras dizem que eles são alguns dos responsáveis pelas reclamações por queda de chamada: uma análise de técnicos concluiu que, em média, 10% das ligações caem por serem feitas desses aparelhos.
Mas a medida pode causar problema para quem compra smartphones importados. O bloqueio funcionará da seguinte forma: ao ligar um cartão SIM a um aparelho, um número de registro IMEI (que está presente em todos os smartphones e tablets) é enviado para a central da operadora. Será criado, então um cadastro nacional de IMEIs com todos os aparelhos homologados por aqui, e, caso o número do aparelho não seja encontrado, o sinal será bloqueado.
O problema, então seria para qualquer um que comprasse, por exemplo, um HTC One, que não sairá por aqui. Ele não será homologado pela Anatel, logo, seu IMEI não constará no cadastro nacional dos IMEIs. Certo? Parece que não. Existe um catálogo mundial com os códigos válidos produzidos por fabricantes, o que ajudaria a determinar que certos aparelhos não são piratas. Os xing-lings, normalmente, têm um IMEI duplicado ou inexistente, assim, as operadoras conseguem identificá-los e bloqueá-los.
Ainda não está muito claro se a medida vai afetar smartphones de empresas conhecidas mas que não foram lançados oficialmente por aqui, mas não deve ser esse o caso, afinal, o objetivo principal é barrar os aparelhos piratas. Entramos em contato com o Sinditelebrasil para esclarecer a situação e atualizaremos a postagem quando tivermos uma resposta.