O serviço de Voz (fixo+móvel) ainda foi responsável por 73,5% da receita das operadoras de Telecom no Brasil em 2012. Este quadro passa, no entanto por uma profunda transformação.
A Receita da Voz Móvel ultrapassou a da Fixa em 2010, mas não conseguiu aumentar sua participação no total da receita das operadoras de Telecom no Brasil em 2012.
Enquanto isso cresce a participação da receita de serviços não voz (Dados e TV por Assinatura) que superou a receita de voz Fixa em 2012.
O crescimento da receita da Voz Móvel vinha sendo sustentado pelo crescimento acelerado da base de celulares, apesar da queda do preço médio do minuto que ocorre em consequência do acirrado ambiente competitivo.
A receita de Voz Móvel ainda apresentou crescimento (+5,4%) em 2012, mas, com um crescimento menor da base de celulares no Brasil, a tendência é que esta receita passe a apresentar crescimento negativo nos próximos anos, a exemplo do que ocorreu com a receita de Voz Fixa (-6,6% em 2012), devido a fatores como a queda da VU-M e a utilização da rede de dados para a comunicação de voz.
Já a receita de serviços não voz que inclui Banda Larga Fixa, Dados Móvel e TV por Assinatura cresceu 16% em 2012 totalizando R$ 62 bilhões no ano.
Diante deste cenário, não resta nenhuma alternativa para as operadoras a não ser aumentar seu foco nestes serviços não voz.
Em 2012, a Banda Larga Fixa apresentou a maior receita (R$ 25,0 bilhões) entre os serviços não voz, seguida pela TV por Assinatura (R$ 20,3 bilhões) e Dados Móvel (R$ 17,0 bilhões).
A América Móvil (Claro, Embratel/Net) apresentou a maior receita para o total de serviços não voz em 2012, graças a sua posição de liderança na TV por Assinatura. A Telefônica/Vivo liderou em receita de dados móveis e a Oi em banda larga fixa.