A Telefónica|Vivo e a Oi estão vendendo ativos para combater o aumento do endividamento das empresas e, ao mesmo tempo, manter o potencial de crescimento.
A Telefónica venderá 40% de seus ativos na América Central por 500 milhões de dólares para a Corporación Multi Inversiones (CMI), proprietária da rede de frango frito da Guatemala Pollo Campero. A grande causa do problema é a crise na Europa.
Já a Oi venderá os direitos de uso de 4 mil torres fixas, que acrescentarão R$ 1 bilhão ao caixa, para manter o endividamento sob controle, mas a operação ainda precisa ser aprovada pela Anatel e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“Esperamos que, ao longo do ano, a companhia conclua a venda de ativos, a fim de manter sua alavancagem controlada”, afirmou Alex Zornig, diretor financeiro da Oi.
Enquanto isso, a Telefónica vai desmembrar os ativos da Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Panamá. Por enquanto, está suspenso o plano de abrir o capital de seus negócios latino-americano mais amplos.
A Oi teve problemas com a saída de Francisco Valim do comando da empresa, em janeiro. O fato trouxe desconfiança quanto ao cumprimento das metas para os próximos anos, principalmente em relação à remuneração de acionistas.
De janeiro a março de 2013, a companhia registrou um nível de endividamento de 3,05 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). O valor é acima do limite máximo de 3 vezes.
Segundo afirmou Zornig, “o nível de endividamento da companhia está em linha com o esperado para este trimestre”. Além disso, “a política de remuneração dos acionistas está mantida.”