As operadoras brasileiras estão preocupadas com a aproximação do prazo limite para entrega dos projetos para desoneração por meio do REPNBL-Redes. As empresas já mantêm diálogo com o governo sobre a necessidade de ampliação do prazo de 30 de junho, uma vez que os projetos são grandes e complexos. Como a data foi estabelecida foi aprovada por lei, somente uma nova lei, ou uma medida provisória poderiam modificá-la.
As operadoras estão se organizando por intermédio do SindiTelebrasil para convencerem os congressistas, mas as opiniões sobre qual seria este novo prazo não é consensual.
Como já informamos ontem, o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, declarou que a companhia gostaria de pelo menos mais dois ou três meses de prazo para entrega dos projeto. “Estamos falando, no nosso caso, de um programa estruturante, da ordem de mais de R$ 2 bilhões. A indústria está trabalhando e muito para entregar [no prazo], mas os projetos são muito grandes. Queremos minimizar o risco de apresentar algo que precise ser revisto”.
Já o diretor-executivo de estratégia e novos mercados da Vivo, Daniel de Albuquerque Cardoso, também defendeu a necessidde de flexibilização do prazo final. Mas, para a operadora, o ideal seria que os projetos pudessem ser entregues ao longo dos três anos (até 2016) em que será concedido a redução tributária. Isto porque, explicou, sem prazo certo para acabar, os projetos poderiam atender melhor as reais necessidades de investimentos em banda larga ao longo do tempo.
O secretário de Telecomunicações do Minicom, Maxilimilliano Martinhão, afirmou que, a princípio, o governo trabalha com a data final e 30 de junho, mas não se oporia de uma dilação do prazo, caso as empresas consigam convencer o Congresso Nacional. “Até agora, porém, nenhuma empresa formalizou esta preocupação ao ministério”, concluiu.