Os acordos de compartilhamento de rede 4G entre as operadoras brasileiras serão um exemplo mundial, tanto pelo prazo recorde com que foram firmados quanto pela escala.
“O Brasil terá a maior operação de RAN sharing do mundo, considerando o nosso plano de desenvolvimento”, disse Carlos Eduardo Franco, diretor de relações regulatórias da TIM.
Foram assinados dois acordos no País: um entre Oi e TIM e outro entre Claro e Vivo. “O acordo entre Oi e TIM foi feito em tempo recorde. Foi como montar um desfile de escola de samba na véspera do Carnaval e sagrar-se campeão”, elogiou Wilson Cardoso, CTO da Nokia Siemens no Brasil.
Oi e TIM dividiram a responsabilidade por áreas geográficas. Neste primeiro momento, a TIM cuida da cobertura em Recife e a Oi nas outras cinco cidades-sede da Copa das Confederações. Em compensação, a TIM será responsável por São Paulo. “Ao longo do tempo haverá equivalência no número de sites”, garante Franco.
Uma das maiores dúvidas sobre o futuro dos acordos de compartilhamento é a diferenciação entre as operadoras. O diretor da TIM minimizou esse risco no caso do acordo com a Oi, pois este se limita à rede 4G, que, em 2017, deve atender a 600 cidades, enquanto haverá outras 4.900 com redes diferentes em 3G e 2G. Além disso, ele acredita que o compartilhamento da infraestrutura 4G não vai inibir a liberdade das equipes de marketing e criação de produtos das duas operadoras.
Segundo Cardoso, da TIM, o compartilhamento de rede pode gerar uma economia de até 50% entre Capex e Opex para operadoras. Do ponto de vista de um fornecedor de equipamentos eletrônicos, o ganho vem a longo prazo, com o aumento da capacidade da rede.