Para evitar novas multas, a TIM anunciou nesta terça-feira que vai investir R$ 10,7 bilhões em melhorias na rede da operadora nos próximos três anos. O anúncio é uma resposta ao pedido da Anatel de um plano de melhorias. Em 2012, a empresa teve as vendas suspensas por duas semanas devido às constantes reclamações dos clientes.
O plano de melhorias foi apresentado nesta terça, em Brasília, com a participação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
A iniciativa conta ainda com um projeto de transparência e investimentos na ampliação da capacidade da rede e de atendimento. De acordo com o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, o plano vai atender as demandas dos usuários.
“Vamos ter melhorias significativas de qualidade, perceptíveis para o usuário e quem está usando o produto todos os dias”.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que a melhoria na rede é uma preocupação do ministério e que a relação com o consumidor “que é quem paga a conta” tem de ser valorizada.
“As pessoas estão buscando a reputação. Querem qualidade melhor e isso de certa forma é absolutamente coerente com esse crescimento e expansão do serviço de telecomunicação. A pessoa entra e vai buscar as condições que lhe atendem, preço, cobertura, mas depois o consumidor mostra sua exigência. É absolutamente normal e temos que nos preocupar com isso.”
Segundo Bernardo, o governo vai defender o setor sempre que precisar e valorizar as melhorias, “desde que as empresas não briguem com o consumidor”.
O presidente da Anatel, João Rezende, reforçou a decisão da TIM de investir em transparência. Segundo ele, “a TIM está no caminho certo”.
“Este é o trabalho que tem que ser feito. A agência vai continuar acompanhando os indicadores de qualidade, mas o plano de ação que privilegia a transparência mostra que está no caminho certo”.
Dos R$ 10,7 bilhões, cerca de R$ 4 bilhões serão na infraestrutura de 2G e 3G. A tecnologia LTE terá um montante de R$ 1,5 bilhão disponível e a rede de transporte (backbones) receberá da empresa R$ 2,3 bilhões.
A suspensão em 2012 foi motivada pelo aumento do número de queixas e valeu também para a Claro e Oi. As vendas ficaram proibidas entre 23 de julho e 2 de agosto.
A liberação da venda foi condicionada à apresentação de plano de investimentos, apresentado por todas as operadoras. Os documentos detalhavam as estratégias para melhoria da qualidade da rede, completamento de chamada e diminuição de interrupção de serviços.