E continua a “dança das cadeiras” na direção da Oi. Porém, o processo de mudanças na diretoria da operadora não tem nenhuma relação com a chegada de Zeinal Bava à presidência da empresa, mas é uma consequência tardia da saída do ex-presidente Francisco Valim e de um processo de avaliação sobre as perspectivas e desafios da empresa, da complexa solução necessária para colocar a empresa de volta aos trilhos e, é claro, dos projetos pessoais de cada um. Pelo menos é isso que relatam os executivos e, agora, ex-executivos da empresa.
Até aqui, a mudança mais importante foi a saída de João de Deus Pinheiro de Macedo, executivo que comandava a área institucional, regulatória e estratégica da empresa e que, pelo tempo de casa e pelas funções que desempenhava, era quem tinha a memória da Oi na cabeça. Ele será substituído por Carlos Aragão, que desempenhava o papel de diretor de relações institucionais, responsável sobretudo pelo relacionamento da Oi no nível dos Estados em que atua. André Borges, diretor regulatório, sai e será substituído por Carlos Eduardo Monteiro, que cuidava da estratégia de implementação do 4G.
Sai também Pedro Ripper, diretor de inovação e planejamento, que ao contrário de rumores do mercado, não será presidente da Dish no Brasil nem irá para a TIM, mas sim se dedicará a negócios próprios. E sai também Julio Fonseca, diretor de gestão. No mercado, especula-se sobre outras mudanças, mas segundo fontes da companhia, isso seria algo natural com a chegada de um novo presidente e, eventualmente, um novo arranjo entre acionistas que venha a acontecer no processo de reestruturação pelo qual a Oi passará.