Os controladores da Oi e da Portugal Telecom (PT) preparam um acordo para unir as duas companhias. A fusão deve dar origem a uma operadora que soma 101 milhões de clientes e receitas anuais de R$ 64 bilhões nos países de língua portuguesa.
As assessorias de imprensa das empresas negam a fusão. No entanto, as sócias privadas da Oi, Andrade Gutierrez e a La Fonte, se posicionaram sobre o assunto.
As negociações estão em andamento, mas o modelo do negócio não está pronto e a operação pode não ser efetivada. Para haver acordo, a PT exige que o comando da companhia seja compartilhado. Os portugueses querem ter repetida na Oi a gestão da época em que dirigiam a Vivo com a Telefônica.
Uma das ideias é que a Oi faça uma proposta de compra à PT. Porém, a engenharia financeira da operação seria a de uma fusão, sem desembolsos, uma vez que os recursos serão reinvestidos na empresa, que necessita ser capitalizada.
Segundo o jornal, o governo e os fundos de pensão já sinalizaram que continuarão na operadora. No entanto, não afirmaram ainda se a participação de cada um será mantida. O BNDES teria de fazer uma contribuição de cerca de R$ 3,5 bilhões para manter sua participação atual, que é de 13%.
A Oi é a operadora que mais recebeu recursos do BNDES destinados às teles desde a privatização. Mas, dessa vez, o governo não deu aval para que o BNDES faça aporte de R$ 3,5 bilhões e mantenha sua participação na companhia resultante da fusão entre Oi e Portugal Telecom. O banco deve desembolsar o mínimo possível para manter o máximo de participação.