O Conselho de Administração da Sercomtel, prestadora de Londrina, encaminhou um novo pedido de aporte financeiro. Desta vez, a empresa quer que os dois acionistas (Prefeitura de Londrina e Copel) liberem R$ 30 milhões. O primeiro pedido, feito em janeiro, solicitava o valor de R$ 47 milhões.
O presidente da Sercomtel, Cristian Schneider, explicou que a medida visa cobrir as despesas e também garantir a reestruturação da empresa de telefonia. “A gente espera que até julho do ano que vem, se conseguir o aporte, o fluxo de caixa da Sercomtel esteja reequilibrado”, apontou.
A diferença de cerca de 17 milhões no pedido de ajuda aos acionistas se deu por conta de diversas ações, como a redução significativa de custos, o empréstimo aprovado de R$ 5 milhoes do Banco do Brasil, cortes de terceirizadas, incremento da receita e faturamento. A Sercomtel conquistou novos 9 mil clientes desde o ano passado.
“Conseguimos atravessar uma fase negra e estamos começando a respirar. Mas muita coisa vai ser feita ainda”, disse Schneider.
O planejento previsto para as ações de reestruturação ainda dependem da decisão do aporte para ser divulgado. “Trabalhamos em um mercado extremamente competitivo, então esperamos que o aporte seja analisado com celeridade”, afirmou o presidente da empresa.
A intenção, de acordo com Schneider, é transformar a Sercomtel em uma empresa que comece a operar com a possibilidade de lucro.
Os quase 600 funcionários da Sercomtel conseguiram aprovar reajuste de 3,8%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os trabalhadores tiveram a última data base realizada em dezembro, porém o acordo coletivo foi alterado para junho. À época, eles tiveram correções de 5,5%.
A categoria chegou a se mobilizar, ao ser informada que o corpo diretivo da empresa teria conquistado aumento de 5,5%, bem maior do que o aprovado para os trabalhadores. No entanto, o presidente da Sercomtel explicou que a correção dos salários dos diretores foi feita pelos acionistas da empresa, que teriam aprovado, em Assembleia Geral Ordinária em março, o mesmo percentual dado para os servidores em dezembro de 2012.
“É bom lembrar que os diretores tiveram esse reajuste com três meses de defasagem se comparado com os trabalhadores. Há três anos os diretores tiveram corte de 20% nos salários e até hoje não recuperaram os valores antigos. Mas essa decisão foge dos diretores, da presidência e parte dos acionistas, o município e a Copel”, ressaltou.